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Empresas britânicas vão investir US$ 400 milhões em Cuba

30/04/2015 16h04

Havana, 30 Abr 2015 (AFP) - Empresas britânicas vão investir 400 milhões de dólares em Cuba em agricultura, infraestrutura para turismo e energia, informou nesta quinta-feira o chefe de uma missão empresarial britânica que visita a ilha.

"Foi uma missão muito bem sucedida. Assinamos acordos no valor de 400 milhões de dólares" e "isto significa um investimento direto na economia" cubana, declarou à televisão local o empresário Lord Hutton of Furness, que lidera a missão.

Meios locais destacaram que estes investimentos serão destinados aos setores de energia, agricultura e infraestrutura de turismo, e incluem a construção na ilha "de um novo campo de golfe".

Os acordos foram assinados no âmbito de um fórum de negócios entre os dois países, do qual participaram encarregados de 32 companhias britânicas e que foi organizado por Hutton, que criou em 1995 o projeto Cuba Initiative para fomentar os negócios com a ilha comunista.

Os empresários britânicos se reuniram com os ministros Rodrigo Malmierca (Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros) e Alfredo López (Energia e Minas), e visitaram a futura zona franca industrial do novo mega-porto de Mariel, 45 km a oeste de Havana, que constitui a principal atração que Cuba oferece ao capital estrangeiro, após aprovar, em março de 2014, uma nova Lei de Investimento Estrangeiro.

"Acho que há boas oportunidades (para investir) em Cuba e que chegamos no momento oportuno e conseguimos alguns avanços", acrescentou Hutton.

O campo de golfe será o segundo que será construído na ilha com capital britânico, depois do luxuoso clube erguido pelo grupo Esencia Hotels and Resorts perto do balneário de Varadero, 140 km ao leste de Havana, com um investimento de 350 milhões de dólares.

Os britânicos são o principal grupo de turistas europeus que visitam Cuba, com 150 mil viajantes por ano. O comércio bilateral foi de US$ 168 milhões em 2013, último número oficial publicado.

A visita dos executivos britânicos acontece depois de missões de empresários do Texas e de Nova York, estimuladas pelo descongelamento das relações entre Cuba e Estados Unidos, iniciada em dezembro.