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Seis problemas econômicos que Macri deve enfrentar na Argentina

Ricardo Mazalan/AP
Imagem: Ricardo Mazalan/AP

25/11/2015 20h11

Buenos Aires, 25 Nov 2015 (AFP) - Inflação, taxa de câmbio e reservas monetárias estão entre as urgências da economia argentina que o presidente eleito, Mauricio Macri, deverá enfrentar a partir de sua posse, no dia 10 de dezembro.

Política Cambial

Macri disse durante a campanha que se assumisse a presidência eliminaria imediatamente a chamada 'banda cambial', que autoriza a compra de dólares só para pequenos e médios poupadores que justifiquem suas receitas.

Após a vitória, disse que a Argentina terá um único tipo de câmbio, mas que aguardará as condições para implementá-lo. 

Inflação 

Macri disse que o principal problema da Argentina é a inflação, situada entre 20% e 30% ao ano, segundo consultoras privadas. Analistas econômicos do governo Kirchner afirmam que, se o mercado cambial for liberalizado, será difícil evitar um choque inflacionário. Para Macri, as medidas pró-mercado facilitarão o controle dos preços.

Reservas

As reservas do Banco Central não param de cair e estão em pouco mais de US$ 25 bilhões. Macri disse que apelará para as divisas de exportadores agrícolas que ainda não venderam suas colheitas. Para estimulá-los, prometeu baixar impostos.

"Fundos abutres"

Outro assunto que enfrentará é o conflito com os chamados fundos 'abutres' (especulativos) em uma corte de Nova York, por uma dívida de US$ 1,6 bilhão. Em sua primeira coletiva de imprensa, Macri disse que pensa em solucioná-lo, mas que isso não está entre suas prioridades imediatas.

Subsídios

Os grupos econômicos e as consultoras consideram que deve-se reduzir ou eliminar subsídios às tarifas de serviços públicos, em transporte, eletricidade, gás e água potável devido a seu peso no gasto público. Macri disse nesta segunda-feira que vai corrigir as tarifas "gradualmente". "Me comprometi com um sistema de tarifas justo", afirmou.

Estatísticas

Outro problema crucial apontado pelo presidente eleito é o de recuperar a confiança nas estatísticas do governo, responsável pelo instituto INDEC. A Argentina chegou a um acordo técnico com o Fundo Monetário Internacional para melhorar a metodologia. No entanto, consultoras privadas afirmam que o dado de inflação ainda não é confiável. Também deve ser restituído o cálculo da pobreza, que o governo deixou de fazer.