Samsung abalada por crise provocada por baterias explosivas
Seul, 10 Out 2016 (AFP) - A crise segue rondando a empresa sul-coreana Samsung Electronics, que anunciou nesta segunda-feira um "ajuste de volumes de produção" de seu telefone Galaxy Note 7, convocado a um recall devido a riscos de explosão.
O primeiro fabricante mundial de smartphones passa por tempos difíceis desde que em 2 de setembro, semanas depois do lançamento antecipado do Galaxy Note 7, suspendeu as ventas deste "phablet" (híbrido de smartphone e tablet) e convocou a um recall 2,5 milhões de unidades vendidas em dez países após a descoberta de que, em alguns casos, as baterias defeituosas poderiam explodir.
A operação parecia avançar corretamente até que novos incidentes foram detectados em aparelhos Galaxy Note 7 que já haviam sido substituídos.
No domingo, o gigante americano de telecomunicações AT&T e seu concorrente alemão T-Mobile anunciaram que interrompiam as operações com os Galaxy Note 7 à espera de investigações adicionais.
O AT&T é o terceiro maior cliente da Samsung, e o T-Mobile o quarto.
Isso fez com que a ação da Samsung chegasse a perder nesta segunda-feira até 4% na bolsa de Seul, embora tenha terminado a sessão com um retrocesso de 1,52%.
Além disso, segundo a agência Yonhap, que cita como fonte o responsável de um fornecedor do gigante sul-coreano, a Samsung teria suspendido temporariamente a produção do Galaxy Note 7.
Esta decisão foi adotada em coordenação com as autoridades de proteção do consumidor da Coreia do Sul, Estados Unidos e China, indicou a fonte, que pediu o anonimato, à agência Yonhap.
Mas a Samsung tentava na tarde desta segunda-feira esclarecer a situação.
- A humilhação suprema -"Estamos tentando ajustar os volumes de produção para melhorar o controle de qualidade e permitir investigações mais profundas após as crescentes explosões do Galaxy Note 7", indicou o grupo em um comunicado.
As imagens de telefones carbonizados inundaram as redes sociais de todo o mundo nas últimas semanas, uma humilhação suprema para um grupo que se vangloria de ser o campeão da inovação e da qualidade.
E os incidentes reiterados em aparelhos já substituídos agravaram ainda mais a situação da Samsung.
A crise ocorre num momento que não podia ser pior. Após os anos excepcionais de 2012-2013, a Samsung começou a sofrer com a concorrência da americana Apple e dos grupos chineses.
E o grupo sul-coreano contava com este modelo para sustentar seu crescimento até o fim do ano, em um mercado cada vez mais competitivo.
Os analistas consideram que o custo desta convocação a um recall oscila entre 1 e 2 bilhões de dólares.
"É novamente algo muito grave", declarou S.R. Kwon, analista da Dongbu Securities. "Podem chegar a retirar o Note 7 do mercado. O mais inquietante é que as coisas não parariam por aí".
"Isso vai danificar a imagem de marca da Samsung e penalizará as vendas de outros smartphones Galaxy", previu.
sh-gh/jac/sg/me.
O primeiro fabricante mundial de smartphones passa por tempos difíceis desde que em 2 de setembro, semanas depois do lançamento antecipado do Galaxy Note 7, suspendeu as ventas deste "phablet" (híbrido de smartphone e tablet) e convocou a um recall 2,5 milhões de unidades vendidas em dez países após a descoberta de que, em alguns casos, as baterias defeituosas poderiam explodir.
A operação parecia avançar corretamente até que novos incidentes foram detectados em aparelhos Galaxy Note 7 que já haviam sido substituídos.
No domingo, o gigante americano de telecomunicações AT&T e seu concorrente alemão T-Mobile anunciaram que interrompiam as operações com os Galaxy Note 7 à espera de investigações adicionais.
O AT&T é o terceiro maior cliente da Samsung, e o T-Mobile o quarto.
Isso fez com que a ação da Samsung chegasse a perder nesta segunda-feira até 4% na bolsa de Seul, embora tenha terminado a sessão com um retrocesso de 1,52%.
Além disso, segundo a agência Yonhap, que cita como fonte o responsável de um fornecedor do gigante sul-coreano, a Samsung teria suspendido temporariamente a produção do Galaxy Note 7.
Esta decisão foi adotada em coordenação com as autoridades de proteção do consumidor da Coreia do Sul, Estados Unidos e China, indicou a fonte, que pediu o anonimato, à agência Yonhap.
Mas a Samsung tentava na tarde desta segunda-feira esclarecer a situação.
- A humilhação suprema -"Estamos tentando ajustar os volumes de produção para melhorar o controle de qualidade e permitir investigações mais profundas após as crescentes explosões do Galaxy Note 7", indicou o grupo em um comunicado.
As imagens de telefones carbonizados inundaram as redes sociais de todo o mundo nas últimas semanas, uma humilhação suprema para um grupo que se vangloria de ser o campeão da inovação e da qualidade.
E os incidentes reiterados em aparelhos já substituídos agravaram ainda mais a situação da Samsung.
A crise ocorre num momento que não podia ser pior. Após os anos excepcionais de 2012-2013, a Samsung começou a sofrer com a concorrência da americana Apple e dos grupos chineses.
E o grupo sul-coreano contava com este modelo para sustentar seu crescimento até o fim do ano, em um mercado cada vez mais competitivo.
Os analistas consideram que o custo desta convocação a um recall oscila entre 1 e 2 bilhões de dólares.
"É novamente algo muito grave", declarou S.R. Kwon, analista da Dongbu Securities. "Podem chegar a retirar o Note 7 do mercado. O mais inquietante é que as coisas não parariam por aí".
"Isso vai danificar a imagem de marca da Samsung e penalizará as vendas de outros smartphones Galaxy", previu.
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