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Pessimismo e baixo crescimento prejudicam Brasil em ranking de competitividade

29/05/2015 14h05Atualizada em 29/05/2015 14h05

A perda de otimismo e redução da atividade econômica doméstica fizeram o Brasil perder duas posições em um ranking de competitividade que analisou 61 países.

O índice de competitividade é calculado pela respeitada escola de negócios IMD, com sedes em Lausanne, na Suíça, e em Cingapura.

Segundo a comparação, o Brasil ficou na 56ª posição entre 61 países --duas abaixo da edição passada do índice, de 2014.

Na América Latina, o país só ficou à frente de Venezuela e Argentina, indicou o ranking.

"O Brasil está sofrendo de uma queda economia doméstica e de opiniões menos otimistas dos executivos de negócio", justificaram os autores do relatório.

Apenas em 2012, o país ocupava a 46ª posição no mesmo ranking.

Mudanças

Entre as principais economias emergentes, os desempenhos foram diferenciados, o que para os especialistas indicam a variedade de desafios de competitividade que cada uma destas economias enfrenta.

A China, por exemplo, melhorou na comparação (passou de 23 para 22), por causa de avanços na educação e na qualidade do gasto público.

Já a África do Sul caiu de 52º para 53º, e a Índia permaneceu no mesmo posto de 2014 (44).

Na América do Sul, o padrão foi de queda: Chile (35), Peru (54) e Argentina (59) perderam posições, enquanto o México subiu duas (39).

A Venezuela é o lanterninha da lista e a Colômbia não mudou desde o no passado (51).

'Voltando ao básico'

Os Estados Unidos foram considerados o país mais competitivo, por causa da sua eficiência, inovação, infraestrutura e força do setor financeiro.

Os polos de negócios asiáticos Hong Kong e Cingapura ficaram em segundo e terceiro lugares. Em seguida vieram Suíça, Canadá, três países nórdicos (Noruega, Dinamarca e Suécia) e Alemanha.

"Uma análise geral do ranking de 2015 mostra que os países no topo da lista estão voltando ao básico", disse o professor Arturo Bris, diretor do Centro de Competitividade Global da IMD.

"A produtividade e eficiência são o que dirigem o trem da competitividade. As companhias nestes países estão aumentando os seus esforços para minimizar seu impacto ambiental e prover uma forte estrutura organizacional na qual a força de trabalho se desenvolva."