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Cinco coisas que vão dar o que falar hoje

Jonathan Ferro e Lorcan Roche Kelly

07/07/2015 10h18

(Bloomberg Business) - As ações chinesas recuam novamente, os líderes da zona do euro viajam a Bruxelas e será que as negociações com o Irã vão cumprir o prazo de hoje à noite? Eis alguns assuntos que vão dar o que falar nos mercados nesta manhã.

Cúpula de emergência em Bruxelas

Deram apenas algumas horas para Alexis Tsipras apresentar uma proposta para manter seu país na zona do euro. A pressão sobre o líder grego continua aumentando após a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, dizer que "o tempo está acabando" e de o BCE intervir para restringir o acesso dos bancos gregos à liquidez de emergência. Os ministros das Finanças se reuniram hoje de manhã em Bruxelas e os presidentes vão se reunir na capital belga às 12h, horário de Nova York, para mais uma cúpula de emergência.

Ações de Xangai prolongam depressão

Apesar dos melhores esforços da China para estabilizar a depressão do mercado acionário, o índice Shanghai Composite caiu mais 1,29 por cento no pregão desta terça-feira. As perdas de hoje se espalharam para o mercado de Hong Kong, levando as empresas chinesas negociadas lá para um mercado baixista. É claro, a melhor forma de deter as corridas para venda é parar completamente o trading, que é precisamente o que muitas empresas fizeram: agora, 26 por cento das empresas listadas nas bolsas da China Continental suspenderam o trading.

Negociações sobre o programa nuclear do Irã

Potências mundiais e o Irã vêm negociando há dez dias consecutivos em busca de um acordo sobre o programa nuclear do Irã. O último prazo expira hoje à meia-noite e está a ponto de não ser cumprido. Se os negociadores fecharem um acordo, isso daria acesso aos mercados mundiais para o país rico em petróleo e uma garantia para os outros países de que o Irã não irá produzir armas nucleares.

Declínio das commodities

Foi um duro começo de semana para o mercado de commodities. Ontem ocorreu a maior queda do petróleo em cinco meses e o minério de ferro voltou a recuar para um mercado baixista. Apesar de o mercado do petróleo estar se recuperando no momento em que esta matéria foi escrita, o cobre continua declinando. O metal caiu até 2,06 por cento no pregão de Londres e terá sua maior queda em dois dias desde meados de janeiro.

Dólar australiano cai para menor cotação em seis anos

Como se esperava, o Banco da Reserva da Austrália deixou sua taxa de juros de referência no valor mínimo recorde de 2 por cento. Foram as palavras do presidente Glenn Stevens que ajudaram a levar o dólar australiano para seu nível mais baixo em seis anos frente ao dólar americano. Stevens disse que "uma maior depreciação parece provável e necessária, especialmente levando em conta as grandes quedas nos preços das principais commodities".

Título em inglês: 'Five Things Everyone Will Be Talking About Today'

Para entrar em contato com os autores: Jonathan Ferro, jferro10@bloomberg.net Lorcan Roche Kelly, lrochekelly@bloomberg.net