Audi reduz previsão de vendas mundiais por desaceleração na China
(Bloomberg) - A Audi AG diminuiu sua previsão anual de vendas no mundo. A segunda maior fabricante mundial de carros de luxo está enfrentando mercados voláteis na China e em outros lugares.
A Audi venderá mais carros neste ano do que no ano passado, disse a fabricante de veículos com sede em Ingolstadt, Alemanha, em um comunicado nesta quinta-feira. Antes, a Audi tinha dito que venderia "consideravelmente mais" carros. Sua companhia controladora, a Volkswagen AG, também diminuiu sua meta de vendas mundiais na quarta-feira.
"Pretendemos crescer também no ano completo e continuaremos a superar os muitos desafios que estamos enfrentando", disse o chefe de vendas, Luca de Meo, em uma teleconferência com jornalistas. O crescimento das vendas poderia ser "de cerca de 3 por cento ou 4 por cento", disse ele.
A desaceleração da demanda na China, a maior região de vendas da Audi, está prejudicando as vendas e os lucros das fabricantes mundiais de veículos, o que agrava as penúrias desencadeadas pela contração dos mercados automotivos na América Latina e na Rússia. Neste mês, a Audi abandonou a meta de vender 600.000 carros na China neste ano. A companhia vendeu 578.932 carros no país no ano passado.
A receita também crescerá neste ano, disse a Audi, mas a taxa de crescimento dependerá da situação da economia mundial. A empresa reiterou a meta de um retorno operacional sobre as vendas dentro da faixa de 8 por cento a 10 por cento. O retorno esteve no extremo superior dessa faixa no primeiro semestre do ano, com 9,8 por cento, apesar dos grandes gastos.
A Audi aumentou 29 por cento os investimentos no seus negócios, para 2 bilhões de euros, no primeiro semestre, parte de um plano de investimento de 24 bilhões de euros em cinco anos até 2019. A empresa está construindo uma fábrica no México para seu veículo utilitário esportivo Q5, e está desenvolvendo novas tecnologias, entre elas um modelo crossover elétrico para concorrer com a Tesla Motors Inc.
Comparação com a Mercedes
A Mercedes-Benz, a terceira maior fabricante de veículos luxuosos do mundo, superou a Audi em vendas mundiais em junho. As vendas da Mercedes na China cresceram 39 por cento. Depois dos primeiros seis meses do ano, a Mercedes está a menos de 4.000 unidades de alcançar a Audi, e poderia tirar sua rival da segunda posição depois da líder do mercado, a BMW AG, neste ano se as tendências de crescimento das marcas se mantiverem.
A Mercedes se beneficia de uma linha de produtos mais nova, que inclui o novo sedã Classe C. Em comparação, cerca de 40 por cento do volume mundial de vendas da Audi deve ser atualizado. Entre eles está a linha A4, a mais vendida, que será apresentada no salão do automóvel de Frankfurt em setembro.
A disputa pelas vendas com a Mercedes "não é o objetivo do jogo", disse De Meo. Modelos novos e atualizados também deveriam começar a impulsionar as vendas da Audi no ano que vem, disse ele.
Título em inglês: 'Audi Trims Global Sales Forecast, Citing China Slowdown (2)'
Para entrar em contato com o repórter: Christoph Rauwald, em Frankfurt, crauwald@bloomberg.net
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