Ativos de grandes bancos centrais sobem para US$ 21 tri
(Bloomberg) -- Os maiores bancos centrais do mundo estão ampliando seus balanços neste ano ao ritmo mais rápido desde a crise da dívida europeia, em 2011, para impulsionar recuperações econômicas lentas com aquisições de ativos que estão apoiando os preços das ações e dos títulos.
Os 10 maiores bancos atualmente possuem no total US$ 21,4 trilhões em ativos, aumento de 10%o em relação ao fim do ano passado, mostram dados coletados pela agência de notícias Bloomberg. O montante combinado cresceu 3% ou menos em 2015 e 2014.
A aceleração da expansão dos balanços dos bancos centrais surge em meio ao debate sobre se suas aquisições de ativos e os contínuos juros baixos estão criando bolhas, especialmente no mercado de títulos.
Esses programas de flexibilização quantitativa visam a elevar os preços dos títulos que adquirem para reduzir os rendimentos dos papéis, incentivar os investimentos e estimular o crescimento econômico.
O crescimento das reservas dos bancos centrais coincidiu com a tendência basicamente de alta dos preços das ações e dos títulos. Enquanto os 10 maiores expandiram seus balanços em 265% desde meados de outubro de 2006, o índice de ações MSCI All Country World ganhou 19% e o índice de títulos Bloomberg Barclays Global Aggregate avançou 50%.
Na última década, o Banco Nacional da Suíça realizou a maior expansão de suas reservas entre aqueles com os maiores portfólios, de quase oito vezes em dólares. O Banco da Rússia foi o menos agressivo, com um aumento de 68%.
Enquanto as reservas dos maiores bancos cresceram 10,4% neste ano, o índice de ações subiu 3% e o de títulos deu um salto de 7,4%.
Juntos, o Banco do Japão e o Banco Central Europeu expandiram seus ativos em US$ 2,1 trilhões desde 31 de dezembro, montante maior que o dos demais bancos do top 10 combinados. Os balanços do Banco Popular da China e do Federal Reserve, dos EUA, caíram 2% ou menos, enquanto os bancos centrais da Suíça e do Brasil ampliaram suas reservas em 15% ou mais.
Quanto é US$ 21,4 trilhões?
É 29 por cento do tamanho da economia mundial no fim de 2015 e o dobro do montante de meados de setembro de 2008, quando o colapso do Lehman Brothers desencadeou a crise financeira global. É um terço da capitalização de mercado combinada de cada ação do mundo e quase metade do valor de todas as dívidas do índice de títulos globais da Bloomberg.
Quase 75% dos ativos de bancos centrais do mundo são controlados por bancos centrais de quatro lugares: China, EUA, Japão e zona do euro. Os seis seguintes -- os bancos centrais do Brasil, Suíça, Arábia Saudita, Reino Unido, Índia e Rússia -- respondem, cada um, por uma média de 2,5%.
Os 107 bancos centrais restantes monitorados pela Bloomberg, basicamente com dados do Fundo Monetário Internacional, detêm menos de 13%.
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