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Presidente da Iberdrola diz que Espanha fez reformas e pede o mesmo da UE

10/04/2013 11h48

Nova York, 10 abr (EFE).- O presidente da empresa espanhola Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán, afirmou nesta quarta-feira que a Espanha "realizou os deveres" das reformas e pediu que a União Europeia (UE) faça o mesmo para apoiar ainda mais a competitividade e a recuperação dos demais Estados-membros do bloco.

Sánchez Galán fez as declarações na escola de negócios IESE de Nova York, onde participou da apresentação de um relatório sobre a situação econômica da Espanha produzido pelo Conselho Empresarial para a Competitividade (CEC), formado por algumas das principais companhias do país europeu.

"A Espanha fez coisas que não tinham sido feitas" e se a UE também seguir o exemplo, como por exemplo com a união bancária, "isto faria com que a Espanha fosse mais competitiva", afirmou Sánchez Galán em entrevista concedida em Nova York.

O diretor declarou à Agência Efe que a Espanha "fez reformas muito importantes" e que vão fazer com que as empresas nacionais, que já são competitivas apesar do obstáculo dos grandes custos financeiros, tornem-se ainda mais.

Sánchez Galán acrescentou que "se a União Europeia também fizesse as reformas que precisam ser empreendidas" para que os custos de financiamento sejam similares para todos os países da UE, isto seria uma "grande ajuda para um crescimento muito mais rápido da economia espanhola".

"A Espanha é um país atrativo", com "uma mudança de tendência clara" em sua economia, de modo que até final de 2013 provavelmente já registre crescimento, mas em todo caso isto ocorrerá "claramente no ano que vem", opinou.

"Todos os dados de todos os organismos internacionais confirmam esta tendência", afirmou.

Sánchez Galán minimizou a importância do relatório apresentado hoje em Bruxelas pela Comissão Europeia, que apontou desequilíbrios macroeconômicos "excessivos" na Espanha. O presidente da Iberdrola explicou que os dados analisados são de 2009 a 2011 e que alguns dos pontos destacados "são aqueles que o governo mais se empenhou em corrigir".

Sánchez Galán também destacou que a Espanha "é um local atrativo para se investir" depois do país ter transformado nos últimos anos seu modelo produtivo, antes baseado na construção e que agora tem 75% de sua produção voltada para produtos tecnológicos, "algo que há anos era um sonho".

O diretor também ressaltou que a competitividade das empresas espanholas está fazendo com que as exportações cresçam 25% e que o balanço de pagamentos com a UE seja positivo.

"A exportação em geral está ajudando muitíssimo a economia espanhola neste momento, embora o aumento das vendas ao exterior proceda maciçamente das pequenas e médias empresas", declarou o presidente da Iberdrola.

As grandes companhias têm investimentos estáveis no exterior, o que está ajudando a "absorver a deterioração" no mercado nacional, disse Sánchez Galán, que frisou por exemplo que a Iberdrola investiu US$ 25 bilhões nos Estados Unidos.