Katherine Rivas

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Reportagem

DIVD11: novo fundo do Itaú que paga dividendos todo mês chega à Bolsa

A seca no lançamento de novos ETFs que pagam dividendos chegou ao fim. Um novo produto foi anunciado pelo Itaú Asset nesta segunda-feira (20), o It Now IDIV Renda Dividendos (DIVD11). Ele passará a ser negociado a partir do dia 11 de junho na B3, a Bolsa de Valores brasileira.

Como funciona

O ETF (fundo de índice) vai replicar a carteira do Índice de Dividendos da B3 (IDIV). O índice atualmente reúne empresas conhecidas pelo pagamento constante de proventos. Atualmente, a carteira do IDIV tem 49 empresas distribuídas em nove setores, entre estas finanças, utilities (serviços públicos), energia, comunicação, indústria e health care. Ou seja, é necessário comprar apenas cotas de um fundo para ter acesso a todas essas empresas - e aos pagamentos que elas fazem aos acionistas.

O objetivo do ETF é remunerar o cotista de duas formas: por meio da valorização da cota e pelo pagamento de proventos. Em ambos os casos, há cobrança de imposto de renda de 15%.

O pagamento dos proventos será de forma mensal sempre no 10° dia útil. A aplicação mínima inicial no DIVD11 é R$ 50 e a taxa de administração é de 0,50%.

Com este novo ETF, a Itaú Asset passa a oferecer 22 fundos de índice no seu portfólio que incluem teses de renda fixa, renda variável e criptoativos. "Seguindo nossa estratégia de estarmos sempre avançando na agenda de democratização dos investimentos, lançamos nesse momento o DIVD11, uma estratégia de renda variável mais defensiva, e com um risco que tende a ser menor que a do Ibovespa", explica Renato Eid, líder de estratégias indexadas e investimento responsável da Itaú Asset.

Reaquecimento da indústria

Além do It Now IDIV Renda Dividendos (DIVD11), a Bolsa brasileira já conta com outros dois ETFs que pagam proventos:

O pioneiro do mercado, o Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11). O ETF investe nas empresas do índice Ibovespa com maior dividend yield (retorno em dividendos) e foi lançado em setembro de 2023. O NDIV11 também faz distribuições mensais, desde que as companhias paguem no período e replica o índice Ibovespa Smart Dividendos B3, com 21 empresas.

O segundo ETF é o SPY11, da Buena Vista Capital. Ele replica o índice NEOS U.S Equity High Income Index, por meio da compra de cotas de outro ETF, o NEOS S&P 500 High Income ETF (SPYI). O SPYI compra cada uma das empresas que integram o índice S&P 500, entre estas Apple, Microsoft, Amazon, Nvidia e Alphabet. Por meio de operações de "covered call" ou opções de compra tenta entregar aos investidores pelo menos 1% ao mês. Este ETF também paga proventos mensais e chegou à B3 em novembro de 2023.

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Além destes fundos de índice, está na fila de lançamento o Wise S&P Global REIT Fundo de Índice (WISE11), da gestora Wise Capital. O ETF vai acompanhar o desempenho do índice S&P Global REIT e deve ter na sua cesta 417 REITs (Real Estate Investment Trust, primos globais dos fundos imobiliários) de 26 países e oito segmentos. A cesta do WISE11 se divide nos setores de: varejo, logística, especializados, saúde (health care), hotéis, escritórios, residencial, diversificados e resorts. O pagamento dos proventos será trimestral, sempre no 10° útil de abril, julho, outubro e janeiro. A taxa de administração do WISE11 será de 0,65% ao ano.

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