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Bancários aprovam fim de greve que durou uma semana

06/10/2014 22h24

Rio de Janeiro, 6 out (EFE).- Os funcionários de bancos privados e públicos aprovaram nesta segunda-feira o fim da greve por tempo indeterminado em reivindicação por melhores salários iniciada há uma semana e o retorno ao trabalho na terça-feira.

A recomendação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) de aceitar o aumento salarial proposto pelos bancos em uma nova negociação foi aprovada pela maioria dos sindicatos regionais em assembleias realizadas nesta segunda-feira.

Apenas alguns sindicatos, que representam principalmente funcionários de entidades públicas como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil em algumas cidades, rejeitaram a contraproposta apresentada pelos bancos e permanecerão de braços cruzados, disse a Contraf.

Os grevistas reivindicavam um reajuste salarial de 12,5%, muito acima dos 7,35% inicialmente propostos pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban).

Em uma nova rodada de negociações, concluída na sexta-feira, a Fenaban propôs um reajuste de 8,5% para os empregados em geral e de 9% para os que recebem o salário mínimo do setor, e um aumento substancial nos auxílios concedidos para a alimentação dos trabalhadores.

"Fizemos uma severa greve que mobilizou todo o setor e deixou milhares de agências fechadas em todo o país, o que fez com que os bancos mudassem de opinião e melhorassem sua proposta", afirmou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.

Segundo a central sindical, que representa 90% dos cerca de 511 mil funcionários do setor bancário, 10.355 agência fecharam suas portas na sexta-feira, o quarto dia da paralisação, o que garantiu à greve maior adesão do que em anos anteriores.

Os empregados dos bancos realizaram ano passado nesta mesma época do ano uma greve que se estendeu por 23 dias, quando conseguiram um reajuste salarial de 8%, inferior ao que reivindicavam, mas superior ao proposto pela patronal.

O sindicato alega que os seis maiores bancos do país obtiveram no ano passado um lucro líquido recorde de R$ 56,7 bilhões, em parte alimentado com demissões e a contratação de novos funcionários com salários menores.