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Economia russa sofrerá recessão de 3,2% no 1º semestre, diz Banco Central

30/01/2015 11h41

Moscou, 30 jan (EFE).- A economia da Rússia sofrerá uma recessão de 3,2% anualizado no primeiro semestre deste ano, segundo informou nesta sexta-feira o Banco Central local em suas previsões para 2015.

Segundo comunicado do banco, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,6% no ano passado, após cair em novembro e se recuperar ligeiramente no último mês do ano.

O BC destacou o impacto que fatores externos terão na economia nacional, como a queda dos preços do petróleo e o fechamento dos mercados financeiros internacionais para as empresas russas como consequência das sanções ocidentais pela situação na Ucrânia.

"O efeito negativo da piora das condições externas só se verá compensada pela dinâmica da moeda nacional", afirmou o banco central em referência ao rublo, que caiu 40% no ano passado.

O governo, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional vincularam diretamente o arrefecimento da economia russa aos preços do petróleo.

Segundo os analistas, caso o barril de petróleo se mantenha abaixo dos US$ 60, o Brent abriu hoje a US$ 48, a economia russa poderia cair até 5% ou 6%.

Segundo o BC, a inflação, atualmente em 13,1%, seguirá aumentando e alcançará seu ponto máximo no segundo trimestre deste ano.

Além disso, a instituição prevê uma queda dos salários e uma queda do consumo interno entre janeiro e junho.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu para as autoridades regionais explicarem para a população as medidas anticrise adotas no país, para prevenir o descontentamento entre certos grupos sociais.

O plano anticrise, de 2,3 trilhões de rublos (US$ 35 bilhões), inclui um corte da despesa de 10% em todos os setores para este ano, menos o militar e programas sociais.

Aprovado nesta semana pelo governo, o plano tem como foco sanear os bancos, apoiar a indústria, a agricultura e as pequenas e médias empresas.

Em dezembro do ano passado, o chefe do Kremlin afirmou que em dois anos, no pior dos cenários, a economia russa sairá da atual crise econômica, embora alguns analistas acreditem que a recuperação só acontecerá no final da década.

Putin atribui os atuais problemas econômico à queda dos preços do petróleo e às sanções ocidentais, fatores externos que custarão US$ 200 bilhões para a Rússia.