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Gazprom pede extensão por 3 meses de desconto no preço do gás para a Ucrânia

30/03/2015 14h41

Moscou, 30 mar (EFE).- O consórcio russo Gazprom propôs nesta segunda-feira prorrogar por mais três meses o atual desconto do preço do gás para a Ucrânia, que decidiu reduzir notavelmente suas importações do produto nos últimos meses.

"O Gazprom se dirigiu hoje por escrito ao governo da Rússia para que estude a concessão de um desconto de três meses nas provisões de gás à Ucrânia", informou Alexei Miller, presidente da Gazprom, à televisão pública do país.

O executivo explicou que a prorrogação é a melhor das opções, já que agora se inicia o período de primavera-verão na Europa, no qual as temperaturas sobem gradualmente e as pessoas consomem muito menos gás do que no inverno.

Além disso, Miller lembrou das rápidas mudanças nas tarifas energéticas nos mercados internacionais, indicando que o preço do gás pode ser afetado pela brusca redução das cotações do petróleo.

O ministro da Energia da Rússia, Aleksandr Novak, afirmou que o governo irá tomar em breve uma decisão sobre a proposta, informaram as agências locais.

O desconto, estipulado no contrato assinado em 2009 e prevê um preço de US$ 100 por cada mil metros cúbicos vendidos. O acordo, assinado por Rússia, Ucrânia e União Europeia em outubro do ano passado, expira amanhã.

A companhia estatal ucraniana Naftogaz informou que conversou com a Gazprom para prolongar o atual desconto, no qual Kiev paga US$ 329 para cada mil metros cúbicos de gás, até o próximo outono.

A Naftogaz explicou que a iniciativa veio do vice-presidente comunitário para a União Energética, Maros Sefcovic, que teria proposto abordar o assunto de maneira trilateral em meados de abril.

O ministro da Energia da Ucrânia, Vladimir Demchishin, alertou que o país pode suspender as importações do gás russo se considerar o preço muito alto e incompatível com a atuação situação de fragilidade da economia ucraniana.

No último dia 20 deste mês, Rússia, Ucrânia e UE concordaram, em reunião feita em Bruxelas, que começariam em breve as negociações para garantir o fornecimento de gás para o próximo inverno.

A Ucrânia se comprometeu a importar a quantidade necessária para encher suas reservas e, dessa forma, manter um fluxo confiável em direção aos demais países europeus.