Para economistas, aumento do dólar melhorará competitividade do Brasil
São Paulo, 14 set (EFE).- Encurralado por uma crise econômica cada vez mais aguda, o Brasil enfrenta o desafio de aumentar sua competitividade, e a forte valorização do dólar pode contribuir para atingir esse objetivo, indicaram vários economistas durante um fórum nesta segunda-feira em São Paulo.
O ex-ministro Carlos Bresser Pereira lembrou que o Brasil experimentou uma "violenta desindustrialização" nas últimas décadas e uma consequente perda de competitividade, o que pode ser revertido com a "neutralização da doença holandesa".
A doença holandesa é um termo econômico que se refere a "supervalorização crônica causada pela venda de matérias-primas que promove a desindustrialização, pelo setor que o Brasil é um dos grandes exportadores mundiais".
Neste sentido, Bresser Pereira ressaltou que o governo brasileiro "deve adotar uma política para que as taxas de câmbio não voltem aos níveis anteriores" do que os atuais.
A moeda americana acumula uma apreciação de mais de 40% neste ano e o dólar voltou aos a níveis de 2002, quando os mercados estavam assustados com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
"A produtividade caiu nos últimos 25 anos, porque quando as empresas deixaram de ser competitivas do ponto de vista cambial, investiram menos e a produtividade técnica caiu. E isso é o que passou no Brasil", acrescentou o ex-titular de Fazenda.
No entanto, o ex-ministro detalhou que primeiro é necessário solucionar a "crise fiscal" que que a economia brasileira está imersa, o que levou a Standard & Poor's a reduzir a avaliação do Brasil e rebaixar a nota de crédito do país para o chamado "bônus lixo".
O diretor e chefe econômico do banco Bradesco, Octavio de Barros, por sua vez, sinalizou que a competitividade "é a consequência de uma agenda positiva para o aumento da produtividade" e das taxas de câmbio.
"O real está muito depreciado, isso vai ajudar a aumentar a competitividade, mas não será determinante", precisou Barros.
Para o diretor do Bradesco, a crise econômica que o Brasil atravessa "não deve de ser desperdiçada" e o governo deve implementar reformas de grande calibre que incluam uma "governança do orçamento".
"Atualmente não há disciplina orçamentária. O crescimento das despesas primárias está acima do Produto Interno Bruto (PIB) nominal", alertou.
O ex-ministro Carlos Bresser Pereira lembrou que o Brasil experimentou uma "violenta desindustrialização" nas últimas décadas e uma consequente perda de competitividade, o que pode ser revertido com a "neutralização da doença holandesa".
A doença holandesa é um termo econômico que se refere a "supervalorização crônica causada pela venda de matérias-primas que promove a desindustrialização, pelo setor que o Brasil é um dos grandes exportadores mundiais".
Neste sentido, Bresser Pereira ressaltou que o governo brasileiro "deve adotar uma política para que as taxas de câmbio não voltem aos níveis anteriores" do que os atuais.
A moeda americana acumula uma apreciação de mais de 40% neste ano e o dólar voltou aos a níveis de 2002, quando os mercados estavam assustados com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
"A produtividade caiu nos últimos 25 anos, porque quando as empresas deixaram de ser competitivas do ponto de vista cambial, investiram menos e a produtividade técnica caiu. E isso é o que passou no Brasil", acrescentou o ex-titular de Fazenda.
No entanto, o ex-ministro detalhou que primeiro é necessário solucionar a "crise fiscal" que que a economia brasileira está imersa, o que levou a Standard & Poor's a reduzir a avaliação do Brasil e rebaixar a nota de crédito do país para o chamado "bônus lixo".
O diretor e chefe econômico do banco Bradesco, Octavio de Barros, por sua vez, sinalizou que a competitividade "é a consequência de uma agenda positiva para o aumento da produtividade" e das taxas de câmbio.
"O real está muito depreciado, isso vai ajudar a aumentar a competitividade, mas não será determinante", precisou Barros.
Para o diretor do Bradesco, a crise econômica que o Brasil atravessa "não deve de ser desperdiçada" e o governo deve implementar reformas de grande calibre que incluam uma "governança do orçamento".
"Atualmente não há disciplina orçamentária. O crescimento das despesas primárias está acima do Produto Interno Bruto (PIB) nominal", alertou.
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