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Fed diz que subir juros neste ano é expectativa, não compromisso

11/10/2015 16h41

Lima, 11 out (EFE).- O vice-presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Stanley Fischer, disse neste domingo que eles têm a expectativa, mas não o compromisso, de subir as taxas de juros neste ano, uma decisão que será fundamental para a evolução do mercado de trabalho e da economia mundial.

"Tanto o momento da primeira alta de juros quanto qualquer ajuste posterior ao objetivo das taxas dos fundos federais dependerão de forma crucial do desenvolvimento futuro da economia", disse Fischer em uma conferência durante a Assembleia Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) em Lima (Peru).

O Fed anunciou a intenção de elevar antes do fim de ano as taxas de juros de referência, o que seria o primeiro ajuste monetário em quase uma década nos EUA, mas depois decidiu adiar a decisão na reunião de setembro. Por isso, agora, todos os olhares apontam aos dois encontros restantes neste ano: o no final deste mês e o em meados de dezembro.

O FMI insistiu nesta semana que o Fed deveria esperar para elevar as taxas de juros até que existam maiores sinais de inflação sustentada em alta, ao advertir sobre a atual "incerteza" na economia global e o impacto que teria nos países emergentes.

O enfraquecimento da China gerou dúvidas nos mercados com relação às intenções do banco central americano sobre as taxas de juros, e Fischer reconheceu hoje a "crescente influência de eventos econômicos estrangeiros na economia dos EUA".

"Contudo, o Fed não prevê atualmente que os efeitos destes recentes eventos na economia americana sejam suficientemente grandes para ter um efeito significativo no caminho de nossa política. Porém, os recentes relatórios sobre emprego nos EUA foram um pouco decepcionantes e, como sempre, continuamos observando os eventos que afetariam nossa sensação sobre as projeções econômicas e os riscos associados", afirmou Fischer em um ato do Grupo dos 30 - organização internacional comandada pelo ex-presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, e que tem como membro o economista brasileiro Armínio Fraga -, realizada às vésperas da Assembleia Anual do FMI e do BM.