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Rodrigo Janot entra em lista de pensadores mais influentes de revista dos EUA

01/12/2015 18h34

Washington, 1 dez (EFE).- O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aparece ao lado de nomes como papa Francisco, a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e responsáveis pelo degelo histórico entre Estados Unidos e Cuba na lista anual dos 100 pensadores mais influentes do mundo em 2015 elaborada pela revista "Foreign Policy".

Todos os anos essa revista, especializada em política internacional, identifica os "100 Pensadores Globais" que, segundo sua opinião, tiveram mais influência por suas ações em diferentes categorias.

Janot ganhou destaque na categoria "Desafiadores" por "perseguir valentemente" integrantes do círculo próximo à presidente Dilma Rousseff em meio à investigação do escândalo de corrupção na Petrobras.

Ao lado de Janot aparece, entre outros, a procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, por revelar o escândalo de corrupção na Fifa, assim como o juiz da Suprema Corte americana, Anthony Kennedy, que redigiu em junho a decisão histórica com a qual o tribunal legalizou o casamento homossexual em todo o país.

O outro brasileiro na lista é o neurocientista Miguel Nicolelis, da Universidade Duke, na Carolina do Norte. Na categoria "Inovadores", o pesquisador conseguiu sincronizar a atividade cerebral de macacos para que realizassem tarefas coletivamente.

Na categoria "Tomadores de decisões", a revista destaca o trabalho da subsecretária dos Estados Unidos para a América Latina, Roberta Jacobson; da diretora geral para os EUA no Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Josefina Vidal; e de Ben Rhodes e Ricardo Zúñiga, ambos assessores do presidente americano, Barack Obama.

De acordo com a "Foreign Policy", Zúñiga e Rhodes passaram "mais de 70 horas" em conversas secretas com funcionários cubanos sobre "assuntos previamente intratáveis" para estabelecer os fundamentos do processo de normalização entre EUA e Cuba anunciado em dezembro de 2014.

Em 2015, Jacobson e Vidal foram as encarregadas de liderar as negociações que resultaram no restabelecimento das relações diplomáticas bilaterais, com a reabertura das embaixadas em Washington e Havana em julho, e de preparar o terreno para "uma nova era de cooperação".

A categoria "Tomadores de decisões" também inclui Merkel, Putin e o ex-ministro de Finanças grego, Yanis Varoufakis, por "combater a troika" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, os três credores que financiaram o resgate do Grécia).

Entre os "Administradores" (do meio ambiente), a revista elogia o papa Francisco por sua encíclica sobre o aquecimento global; a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, por sua "ambiciosa agenda verde"; e a secretária da 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Christiana Figueres.

A seção de "Artistas" destaca as cubanas Tanya Bruguera e Maria Madalena Campos-Pons por "amplificarem a liberdade de expressão" em seu país, a cantora de ópera Carla Dirlikov Canales, de origem mexicana, e o misterioso artista plástico Banksy, criador da Dismaland, uma exposição satírica e sombria da Disneylândia para anarquistas.

A lista, que também conta com as categorias "Militantes", "Terapeutas", e "Cronistas", dá destaque a nomes de outras áreas como Joanne Liu, presidente da ONG Médicos Sem Fronteiras; e o escritor jamaicano Marlon James, recente ganhador do prêmio literário Man Booker, o mais prestigiado do Reino Unido.