Entra em vigor primeiro acordo alcançado na OMC em 20 anos
Genebra, 22 fev (EFE).- O Acordo de Facilitação do Comércio, o primeiro pacto comercial alcançado no seio da Organização Mundial do Comércio (OMC) em toda sua história, entrou nesta quarta-feira em vigor com a ratificação de mais de dois terços dos membros da entidade.
"É um momento histórico. É a reforma comercial de maior alcance realizada neste século, e envia uma clara mensagem", disse em entrevista coletiva o diretor-geral da organização, Roberto Azevêdo.
O responsável pela organização que rege o comércio mundial elogiou o que chamou de um "marco", e disse que espera que "inspire para estabelecer e conseguir outras metas no futuro".
"Ao ratificar o acordo, os membros da OMC mostraram seu compromisso com o sistema multilateral do comércio", ressaltou.
Precisamente, questionado sobre este sinal, que é contrário aos orçamentos protecionistas colocados até agora pela administração Trump, Azevêdo se limitou a dizer que os Estados Unidos foram um dos primeiros a ratificar o Acordo -durante o anterior governo- e que se comprometeram a fundo em implementá-lo.
"Eu não escutei ninguém se queixar de uma redução dos custos", se limitou a dizer.
O acordo de Facilitação do Comércio estabelece dezenas de medidas para facilitar o fluxo de bens nas alfândegas, reduzir a burocracia e com isso multiplicar os intercâmbios comerciais entre países e reduzir de forma notória os custos dessas transações.
Além disso, estabelece medidas para a efetiva cooperação entre as alfândegas de diferentes países, e implementa mecanismos de assistência técnica para as nações menos desenvolvidas dotadas com fundos que já podem ser usados.
O pacto foi alcançado na reunião ministerial de 2013 em Bali (Indonésia), momento no qual foi dito que o acordo permitiria a criação de 21 milhões de empregos e acrescentaria à economia global US$ 1 trilhão.
Segundo as estimativas do Banco Mundial, a implementação do Acordo de Facilitação do Comércio implicará em uma redução dos custos transacionais do comércio internacional de 14,5% para os países em desenvolvimento e de 10% para os países desenvolvidos.
Por sua vez, a OCDE estima que por cada ponto percentual de redução dos custos transacionais globais, aumenta a renda mundial em US$ 40 bilhões.
Azevêdo afirmou hoje que em 2030, a implementação do Acordo e Facilitação do Comércio "poderia permitir um crescimento das exportações globais anuais de 2,7%, e um aumento de 0,5% do PIB mundial".
Concretamente, para os países em desenvolvimento, a implementação plena do Acordo poderia aumentar o crescimento de suas exportações em um 3,5 % anual, segundo a OMC.
Além disso, segundo a entidade, o pacto ajudará aos países em desenvolvimento a diversificar suas exportações e aumentar os produtos que exportam em 20%, enquanto as nações menos desenvolvidas poderiam fazê-lo em 35%.
"O Acordo trará mais lucro que todas as tarifas que há em vigor agora", sentenciou o diretor-geral.
Até esta manhã, 112 países -dos 164 que formam a organização- tinham ratificado o Acordo, e Azevêdo convidou o resto a fazer o mesmo o mais rápido possível para que todos possam se beneficiar do mesmo.
"Agora temos que traduzir os lucros em realidades", concluiu.
"É um momento histórico. É a reforma comercial de maior alcance realizada neste século, e envia uma clara mensagem", disse em entrevista coletiva o diretor-geral da organização, Roberto Azevêdo.
O responsável pela organização que rege o comércio mundial elogiou o que chamou de um "marco", e disse que espera que "inspire para estabelecer e conseguir outras metas no futuro".
"Ao ratificar o acordo, os membros da OMC mostraram seu compromisso com o sistema multilateral do comércio", ressaltou.
Precisamente, questionado sobre este sinal, que é contrário aos orçamentos protecionistas colocados até agora pela administração Trump, Azevêdo se limitou a dizer que os Estados Unidos foram um dos primeiros a ratificar o Acordo -durante o anterior governo- e que se comprometeram a fundo em implementá-lo.
"Eu não escutei ninguém se queixar de uma redução dos custos", se limitou a dizer.
O acordo de Facilitação do Comércio estabelece dezenas de medidas para facilitar o fluxo de bens nas alfândegas, reduzir a burocracia e com isso multiplicar os intercâmbios comerciais entre países e reduzir de forma notória os custos dessas transações.
Além disso, estabelece medidas para a efetiva cooperação entre as alfândegas de diferentes países, e implementa mecanismos de assistência técnica para as nações menos desenvolvidas dotadas com fundos que já podem ser usados.
O pacto foi alcançado na reunião ministerial de 2013 em Bali (Indonésia), momento no qual foi dito que o acordo permitiria a criação de 21 milhões de empregos e acrescentaria à economia global US$ 1 trilhão.
Segundo as estimativas do Banco Mundial, a implementação do Acordo de Facilitação do Comércio implicará em uma redução dos custos transacionais do comércio internacional de 14,5% para os países em desenvolvimento e de 10% para os países desenvolvidos.
Por sua vez, a OCDE estima que por cada ponto percentual de redução dos custos transacionais globais, aumenta a renda mundial em US$ 40 bilhões.
Azevêdo afirmou hoje que em 2030, a implementação do Acordo e Facilitação do Comércio "poderia permitir um crescimento das exportações globais anuais de 2,7%, e um aumento de 0,5% do PIB mundial".
Concretamente, para os países em desenvolvimento, a implementação plena do Acordo poderia aumentar o crescimento de suas exportações em um 3,5 % anual, segundo a OMC.
Além disso, segundo a entidade, o pacto ajudará aos países em desenvolvimento a diversificar suas exportações e aumentar os produtos que exportam em 20%, enquanto as nações menos desenvolvidas poderiam fazê-lo em 35%.
"O Acordo trará mais lucro que todas as tarifas que há em vigor agora", sentenciou o diretor-geral.
Até esta manhã, 112 países -dos 164 que formam a organização- tinham ratificado o Acordo, e Azevêdo convidou o resto a fazer o mesmo o mais rápido possível para que todos possam se beneficiar do mesmo.
"Agora temos que traduzir os lucros em realidades", concluiu.
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