Mourão: não acho que sucessão nos EUA mude disputa com China por 5G
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse hoje que, na sua opinião, a sucessão presidencial nos Estados Unidos não deve mudar o caráter de disputa desse país com a China em torno da instalação da tecnologia 5G globalmente.
Para o general da reserva, que falou sem mencionar os nomes do atual presidente americano, Donald Trump, e do presidente eleito, Joe Biden, a sucessão nos EUA poderia até mudar a forma de negociar com os chineses, mas não "os fatores em disputa".
"Não acho que vá mudar porque a disputa é comercial e tecnológica, independentemente de governo, né?! Tem a questão de semicondutores, tem a própria questão de, vamos dizer assim, são duas grandes potências que disputam o mesmo espaço", comentou o vice-presidente ao sair de reunião com o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da prisão após condenação em segunda instância, o deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP).
Mais uma vez questionado sobre a possibilidade de o governo brasileiro reconhecer a vitória do democrata Joe Biden na eleição americana, Mourão repetiu o discurso de que, "no momento certo, será feito o que tiver de ser feito".
Ao comentar a reunião com Manente, o vice-presidente reafirmou ser favorável à prisão em segunda instância, mas insistiu que não é o articulador político do governo federal e teria deixado isso claro para o relator da PEC. "São decisões que são tomadas a outro nível, não no meu", pontuou.
Pouco antes, o deputado do Cidadania, contudo, havia dito a jornalistas que Mourão teria se comprometido a colaborar para que parlamentares da base governista participem da tentativa de formar maioria no plenário da Câmara a favor da proposta.
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