IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Brasil abre 112 mil vagas com carteira assinada em março, segundo Caged

Do UOL, em São Paulo

17/04/2013 14h50Atualizada em 17/04/2013 15h46

O Brasil registrou abertura de 112.450 vagas com carteira assinada em março, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (17). O resultado é o melhor para o mês nos últimos três anos, e ficou ligeiramente acima do esperado pelo mercado (110 mil).

O desempenho é março ficou inferior aos 123.446 empregos gerados em fevereiro e acima das 111.746 vagas abertas em março de 2012, nos dados sem ajustes.

A oferta de emprego com carteira assinada no mês passado foi puxada pelo setor serviços, com 61.349 vagas, já descontadas as demissões. A indústria da transformação registrou contratação líquida de 25.790 trabalhadores e a construção civil admitiu 19.709 operários. Já o setor da agricultura fechou 4.434 vagas.

Ao comentar os dados, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o avanço das oportunidades no setor serviços, que influenciou o resultado de março, está ligado à melhora dos salários dos trabalhadores.

Emprego ajuda a sustentar crescimento, e popularidade do governo

O governo prevê que em 2013 serão criadas cerca de 2 milhões de vagas formais. Isso deve contribuir para manter o desemprego em mínimos históricos, em meio ao cenário de renda também forte.

O mercado de trabalho é uma das principais variáveis que sustentam o crescimento econômico, neste momento em que a retomada da economia ainda não deu sinais consistentes.

Pelos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% (quase estável em relação a janeiro, quando ficou em 5,4%) em fevereiro. Foi o melhor resultado para o mês desde 2002.

O mercado de trabalho tem sustentado a popularidade da presidente Dilma Rousseff em níveis elevados. Levantamento feito pelo Ibope em março, sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que 63% avaliam o governo como ótimo ou bom, ante 62% em dezembro. A aprovação pessoal da presidente também oscilou 1 ponto para cima, passando a 79%. 

(Com Reuters)