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Produção industrial no Brasil sobe em março, mas tem queda de 3,3% no ano

Do UOL, em São Paulo

03/05/2013 09h03Atualizada em 03/05/2013 09h11

A produção industrial no Brasil teve alta de 0,7% em março em relação a fevereiro após forte alta na fabricação de carros, revertendo parte da queda do mês anterior e indicando a continuidade da recuperação gradual do setor. Porém, na comparação com o mesmo período do ano passado, a indústria do país registrou recuo de 3,3%.

A alta mensal faz a indústria respirar um pouco mais aliviada. Em fevereiro, a queda da produção industrial teve um recuo de 2,4%, o maior tombo desde dezembro de 2008, auge da crise global. Os dados foram ajustados pelo IBGE.

Nos três primeiros meses do ano, a indústria teve queda de 0,5%.

Na comparação com o ano passado, 21 das 27 atividades pesquisadas apontaram queda na produção. Os principais impactos negativos no indicador foram da indústria de alimentos (-7,9%), farmacêutica (-17,3%), extrativa (-7,1%) e de metalurgia básica (-7,3%).

A indústria brasileira já recebeu bilhões de reais em benefícios fiscais e outras medidas de estímulo do governo de Dilma Rousseff nos últimos anos. Os incentivos são parte dos esforços das autoridades para ressuscitar o crescimento da economia e manter o desemprego perto das mínimas recordes.

O setor automotivo, um dos primeiros a receber ajuda, liderou os ganhos da indústria em março. A produção de carros disparou 39,2% na comparação com o mês anterior, em parte por fatores sazonais, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automores (Anfavea).

"Ainda assim é cedo para dizer que o setor produtivo brasileiro caminha para um ciclo consistente de recuperação, já que os indicadores mensais têm apresentado grande volatilidade", afirmou a equipe de economistas do Banco Votorantim em relatório. "O cenário mais provável é de crescimento lento e gradual ao longo desse ano."

O Brasil deve crescer cerca de 3% neste ano, de acordo com economistas consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central. O número é três vezes maior que a magra expansão de 0,9 por cento do ano passado, mas ainda está bem abaixo das taxas que seduziram investidores estrangeiros ao longo da década passada.

(Com Reuters)