Onde investir para transformar R$ 100 mil em R$ 1 milhão?
Depois de acumular um patrimônio de R$ 100 mil, onde e por quanto tempo se deve aplicar o dinheiro para chegar a R$ 1 milhão?
Na coluna de hoje eu trago simulações mostrando em quanto tempo você passaria dos R$ 100 mil a R$ 1 milhão investindo em opções de risco baixo, médio e alto, considerando o cenário atual de rentabilidade de juros.
Risco baixo
Se você escolher o investimento mais seguro do Brasil, o Tesouro Direto, precisaria investir R$ 1.000 por mês durante nada menos do que 25 anos para sair dos R$ 100 mil e atingir o equivalente a R$ 1 milhão.
Digo "equivalente a R$ 1 milhão" porque, na verdade, você atingirá um valor muito maior do que esse, mas, por conta da inflação, ele terá um poder de compra equivalente ao de R$ 1 milhão hoje.
Para atingir o milhão mais cedo do que via Tesouro Direto, mas ainda com uma aplicação de baixo risco, uma alternativa seria um CDB.
Atualmente, um CDB com rentabilidade de 120% do CDI encurtaria esse tempo para 21 anos.
Mas se você quiser reduzir ainda mais o período sem aumentar o risco, é necessário aumentar o valor do aporte.
Com investimentos mensais de R$ 3.000, chega-se ao equivalente a R$ 1 milhão em 14 anos com Tesouro Direto e em 13 anos com CDB.
Elevando os aportes para R$ 10 mil por mês, o milhão é alcançado em seis anos, tanto via Tesouro Direto quanto via CDB.
No caso do Tesouro, o título utilizado no cálculo foi o Tesouro Selic 2029. A inflação considerada foi de 3,5% ao ano, que é a previsão de longo prazo por analistas consultados pelo Banco Central.
Risco médio
No mercado financeiro, quanto mais retorno você deseja, mais risco precisa correr. Por isso, se quiser passar dos R$ 100 mil ao milhão em menos tempo do que no Tesouro ou no CDB, é preciso buscar algo mais arriscado, como os fundos de investimento imobiliário (FIIs).
Considerando a rentabilidade atual dos FIIs mais negociados do setor de logística, seriam necessários 17 anos para se atingir o equivalente a R$ 1 milhão a partir de investimentos mensais de R$ 1.000, sempre partindo de um valor inicial de R$ 100 mil.
Aumentando os aportes para R$ 3.000 por mês, chega-se ao milhão após 11 anos. Já com investimentos mensais de R$ 10 mil, o tempo é reduzido para cinco anos.
O risco do fundo imobiliário é de ele diminuir os rendimentos ao longo do tempo e também de o preço da cota do FII cair.
Por isso, é importante tomar medidas de controle de risco. As principais delas (mas não as únicas) são diversificar seu investimento em diferentes fundos e escolher, preferencialmente, aqueles que possuem diversos imóveis no portfólio.
Risco alto
Para diminuir ainda mais o tempo que leva até acumular R$ 1 milhão, só mesmo passando para aplicações de risco alto, como o mercado de ações.
Com esse tipo de investimento, é possível (mas não é fácil, muito menos garantido) obter uma rentabilidade de 1% ao mês, já descontando o Imposto de Renda e a inflação.
Se conseguir esse retorno, você precisa de 14 anos para chegar ao equivalente a R$ 1 milhão, com aportes de R$ 1.000 por mês.
Elevando os aportes para R$ 3.000 mensais, o tempo se reduziria para dez anos; com aplicações de R$ 10 mil por mês, o valor seria atingido em apenas cinco anos.
Veja que, nesse último cenário, o tempo de investimento em ações ou em FIIs é o mesmo. Isso acontece porque, hoje, o retorno real (descontada a inflação) dos FIIs não está muito distante de 1% ao mês.
Considere, também, que o risco das ações é maior do que o dos fundos imobiliários. O trabalho de controle de risco com ações deve ser feito de forma ainda mais cuidadosa;
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