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Dilma diz que há "terrorismo" e "conto do vigário" contra o país

Do UOL, em São Paulo e no Rio*

14/06/2013 13h18

A presidente Dilma Rousseff diz que a economia do Brasil vai bem e considerar o contrário é "terrorismo informativo" e "conto do vigário". Ela reclamou das análises sobre a volta da inflação.

"Nós jamais deixaremos que a inflação volte a esse país. Hoje ela está sob controle. Ontem ela estava sob controle e ela continuará sob controle. Críticas todo mundo tem que ter a humildade de aceitar. Agora, terrorismo não."

Dilma não citou nomes, mas parecia se referir à oposição. "Eu estou falando, por exemplo, que eles diziam que o Brasil ia ter racionamento. Agora não falam nada, porque está claro não só que o Brasil tem energia suficiente, como conseguimos reduzir a tarifa de energia."

A presidente também disse que o país continuará investindo. "Aqueles que esperam que nós possamos cair no conto do vigário podem esperar sentados. Nós não iremos diminuir os investimentos que beneficiam o povo brasileiro, porque essa é a nossa prioridade. Nós temos recursos suficientes para manter os investimentos e os gastos sociais."

Dilma fez as declarações em discurso durante anúncio de liberação de verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Segundo a presidente, o país não pode ser considerado com a economia em risco. "Eles vêm dizer que o Brasil é um país em situação de risco. Interessa a eles criar essa ideia. Não só o Brasil não está em situação de risco, como é um país extremamente sólido. Nós não gastamos mais do que possuímos (comparando com uma mãe de família)."

Dilma não mencionou quem são "eles", mas podia estar se referindo à agência de avaliação de risco Standard & Poor's, que ameaçou rebaixar a nota do Brasil (isso deixaria o país menos confiável para investir).

A presidente também elogiou a situação do emprego no país, dizendo que o Brasil está bem melhor que os países desenvolvidos.

"Vocês lembram como era antes? Nós tínhamos uma taxa de desemprego alta. A Europa e os Estados Unidos, uma taxa baixa. Hoje nós temos uma das menores taxas de desemprego do mundo, quase pleno emprego. Na Europa, há países em que, para as populações jovens, o desemprego alcança 50%."

(Com reportagem de Hanrrikson de Andrade e Gabriela Voskelis, do UOL no Rio)