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Reino Unido proíbe comercial da Coca-Cola por confundir dados de calorias

Do UOL, em São Paulo

18/07/2013 12h00

O principal comercial de televisão da atual campanha publicitária da Coca-Cola foi proibido do Reino Unido. A Advertising Standards Authority (ASA), órgão britânico equivalente ao brasileiro Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), considerou que há confusão na informação sobre queima de calorias.

O filme de aproximadamente 30 segundos mostra as opções para o consumidor de Coca-Cola queimar as 139 calorias contidas numa garrafa pequena da bebida: atividades como dançar, gargalhar e passear com o cachorro.

Veja a versão brasileira do comercial proibido da Coca-Cola

A entidade reguladora disse que a propaganda dá a entender que basta fazer apenas uma daquelas atividades para gastar toda a energia vinda do refrigerante. Na verdade, é preciso realizar todas as ações exibidas para eliminar as calorias ingeridas.

Entre cada atividade, o vídeo, produzido pela agência Publicis, exibe um sinal de "+", o que indicaria que é preciso fazer todos os "exercícios" listados para queimar as calorias de uma garrafa pequena.

A ASA não considerou o sinal gráfico suficiente para o entendimento dos consumidores, segundo o site do jornal especializado Advertising Age. No fim do comercial, é apresentada a sugestão de consumir também a Coca-Cola Zero, sem calorias. A entidade registrou queixas de dez pessoas

Um porta-voz da Coca-Cola para o Reino Unido se manifestou. "Elevar o conhecimento sobre equilíbrio de calorias é parte do nosso compromisso global de combate à obesidade e vamos continuar a usar a propaganda para passar essa mensagem", declarou.

"Dado o crescente problema da obesidade, acreditamos que seja importante que mais gente entenda essa informação".

Alguns espectadores reclamaram também que o vídeo poderia fazer apologia à saúde de modo incoerente, mas a ASA discordou, afirmando que a Coca-Cola fala no comercial da importância de adotar um modo de vida saudável.

A incoerência seria causada pelo fato de a campanha ser feita por uma marca de refrigerante, que não é um alimento considerado nutritivo.

O filme tem sido exibido em vários países, inclusive no Brasil, onde a garrafa de Coca-Cola tem 123 calorias.