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BC diz que é preciso ficar especialmente vigilante com a política monetária

Do UOL, em São Paulo

05/09/2013 09h00Atualizada em 05/09/2013 12h04

A taxa de juros deve continuar sendo utilizada no combate a inflação, que mostra maior resistência. A conclusão é do Banco Central (BC), que divulgou nesta quinta-feira (5) a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) -- na qual ficou definida a nova taxa de juros oficial da economia (9%).

"O Copom destaca que, em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos doze meses persistam no horizonte relevante para a política monetária".

O BC também afirmou na ata que a depreciação cambial dos últimos trimestres "constitui fonte de pressão inflacionária em prazos mais curtos" e que "os efeitos secundários dela decorrentes, e que tenderiam a se materializar em prazos mais longos, podem e devem ser limitados pela adequada condução da política monetária".

Gás de cozinha deve subir 2,5%

O BC passou a prever um recuo da ordem de 16% da tarifa residencial de eletricidade, ante projeção anterior de 15%. Essa estimativa, segundo a ata, leva em consideração os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas, bem como reajustes e revisões tarifárias ordinárias programados para este ano.

A autoridade monetária, por outro lado, alterou a estimativa para o rumo do preço do gás de bujão, de estável para alta de 2,5%. Também mudou a projeção para a tarifa de telefonia fixa para uma queda de 1%, ante projeção anterior de recuo de 2%.

Projeções de inflação mantêm-se acima da meta

O Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve estável, na semana passada, a projeção para a inflação de 2013 em relação ao valor considerado na reunião de julho e acima da meta de 4,5%, levando em conta o cenário de referência.

A projeção para a inflação de 2014 também foi mantida estável e acima da meta. O cenário de referência considerou a manutenção do dólar a R$ 2,40 e a taxa Selic em 8,50% ao ano "em todo o horizonte relevante".

Juros subiram para 9%

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, subiu na semana passada a taxa básica de juros (a Selic) em 0,5 ponto percentual, indo para 9% ao ano (estava em 8,5%). É a quarta reunião seguida do Copom em que os juros aumentam. A decisão foi unânime.

O Banco Central divulgou nota em que destaca a importância do combate à inflação na sua decisão de aumentar os juros para 9%. "O comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano", diz o documento distribuído pelo Copom.

(Com agências)