Economistas projetam alta de 6,51% nos preços, acima da meta do governo
Pela sétima semana seguida, economistas consultados pelo Banco Central (BC) aumentaram suas projeções para a inflação ao final deste ano, indo de 6,47% na semana passada para 6,51% nesta semana.
Isso significa que os economistas passam a esperar uma inflação acima do teto da meta do governo. A meta do governo é de manter a inflação em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, no intervalo entre 2,5% e 6,5%).
Na última semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o IPCA-15, índice que é considerado uma prévia da inflação oficial, apontando para uma alta de 0,78% dos preços em abril.
A previsão para o crescimento da economia medido pelo PIB (Produto Interno Bruto) diminuiu em relação à semana passada, indo de 1,65% para 1,63%.
Já a projeção para a Selic, a taxa básica de juros, foi mantida em 11,25% até o final deste ano.
Em sua última reunião, o Banco Central determinou mais um aumento na taxa, que passou de 10,75% para 11%.
Os economistas preveem a taxa de câmbio do dólar em R$ 2,45, mesma previsão da semana passada.
Expectativas para 2015
As projeções para 2015 se mantiveram praticamente inalteradas. O crescimento do PIB, para os economistas, deve ser de 2%, e a taxa básica de juros, de 12%. A previsão de inflação também foi mantida, em 6%.
A projeção para a cotação do dólar ao final do ano que vem passou de R$ 2,53 na semana passada para R$ 2,51 nesta semana.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda segunda-feira, o Banco Central (BC) divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas dos economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de cem instituições são ouvidas e, excluindo os extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros. Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados (desprezando os menores e os maiores valores).
(Com Reuters)
Seja o primeiro a comentar
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.