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Criação de vagas salta nos EUA e desemprego cai para mínima desde 2008

Do UOL, em São Paulo

03/07/2014 10h41Atualizada em 03/07/2014 14h24

A economia americana criou 288 mil novos empregos em junho e a taxa de desemprego caiu para 6,1%, a menor desde setembro de 2008, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Trabalho nesta quinta-feira (3).

Além disso, os dados de abril e maio foram revisados para cima. A geração de vagas em maio foi revisada de 217 mil para 224 mil e a de abril, de 282 mil para 304 mil. Com isso, os ganhos de empregos nesses dois meses foram 29 mil a mais do que o reportado originalmente.

Essa foi a primeira vez desde o final da década de 1990 que a criação de emprego cresceu a um ritmo acima de 200 mil vagas por cinco meses consecutivos.

A taxa de participação na força de trabalho, ou a parcela de norte-americanos em idade de trabalhar que estão empregados ou buscando um emprego, ficou estável em 62,8%. A parcela de norte-americanos com emprego subiu para 59%, nível mais alto desde agosto de 2009.

Setor de serviços dispara

Os ganhos de emprego em junho foram em todos os setores. Foram abertas 16 mil vagas no setor industrial, um crescimento pelo 11º mês consecutivo, enquanto os empregos no setor de construção subiram pelo 6º mês seguido.

O emprego no setor de serviços disparou em 236 mil, o maior crescimento desde outubro de 2012, enquanto que o governo abriu 26 mil vagas.

Efeitos no mercado

O relatório sobre empregos nesta quinta-feira soma-se a dados positivos de vendas de automóveis em junho e a números que mostram uma expansão na manufatura.

Alguns analistas acreditam que isso indica que a contração econômica do primeiro trimestre foi pontual, provocada por alterações climáticas.

O Produto Interno Bruto (PIB) teve queda de 2,9% no período de janeiro a março, causando uma forte redução de estimativas do crescimento dos EUA para este ano. O crescimento na segunda metade do ano está estimado em torno de 3,5%.

O tom de melhora do mercado de trabalho será bem recebido pelo Federal Reserve, o banco central do país, e pode incentivar debates sobre o momento em que os juros serão elevados.

A maioria dos economistas não espera que o Fed eleve as taxas de juros antes da metade do ano que vem, mas, com o mercado de trabalho se recuperando, isso pode mudar.

(Com Reuters e Valor)