Venda de imóveis novos em SP cai 31% em julho e 56% em um ano
As vendas de imóveis residenciais novos em São Paulo caiu para 736 unidades em julho, segundo informações divulgadas pelo sindicato de habitação local, o Secovi-SP, nesta segunda-feira (15).
Isso representa uma queda de 31% em relação a junho deste ano, e de 56% em relação a julho do ano passado.
No acumulado deste ano até julho, as vendas diminuíram 48,9%, e ficaram em 9.790 unidades.
Também houve queda quando se considera os valores vendidos. O valor geral de vendas (VGV) dos imóveis vendidos em julho atingiu R$ 378 milhões, recuo de 31,5% em relação ao mês anterior.
No acumulado do ano, esse valor atingiu R$ 5,7 bilhões, queda de 54,2% se comparado ao mesmo período de 2013.
Copa e falta de confiança do consumidor e dos empresários
Segundo o Secovi, julho é tradicionalmente um mês de movimento fraco para o mercado imobiliário.
Também pressionaram os resultados os baixos índices de confiança do consumidor e dos empresários, e incertezas quanto ao futuro da economia e do próximo governo, disse a instituição.
"Esses fatores, aliados aos reflexos da Copa do Mundo, contribuem para explicar o comportado do mercado de lançamentos e vendas de imóveis residenciais na cidade", disse o economista-chefe do sindicato, Celso Petrucci.
As vendas podem cair ainda mais nos próximos meses, segundo o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbandos do Secovi, Emilio Kallas. O motivo: a implantação das novas Operações Urbanas do Plano Diretor Estratégico da cidade.
Lançamentos também diminuem
De acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), foram lançadas 973 unidades em julho, uma queda de 59,7% comparado a junho, quando houve 2.413 lançamentos.
Das 736 unidades vendidas, 537 estavam na fase de lançamento, ou seja, dentro do período de 180 dias desde o momento em que o produto é lançado. Isso significa que 73% dos imóveis vendidos no mês tinham até seis meses de oferta.
De janeiro a julho de 2014, a cidade registrou o lançamento de 12.333 unidades, redução de 21,5% em relação a 2013.
De acordo com a pesquisa, no sétimo mês do ano, a oferta final de imóveis não vendidos ficou em 21.232 unidades.
(Com Reuters e Infomoney)
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