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Modelo atual do BPC é insustentável e precisa mudar, diz Mourão

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

26/03/2019 20h17

O vice-presidente Hamilton Mourão disse hoje que o modelo atual do Benefício de Prestação Continuada (BPC) é insustentável e precisa ser enfrentado na proposta de reforma da Previdência.

Em evento na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Mourão disse que, pelo modelo atual, o idoso pode se aposentar recebendo um salário mínimo aos 65 anos, independente de ter contribuído com a Previdência, o que, para ele, inibiria a contribuição. "Por que ele vai receber a mesma coisa sem contribuir? Temos que rever isso aí", disse.

O BPC consiste em um salário mínimo pago a idosos e pessoas com deficiência que comprovem não ter como se sustentar. Para ter direito, a renda por pessoa da família beneficiada deve ser de até 1/4 do salário mínimo.

A proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) prevê uma redução no BPC, com pagamento de R$ 400 a partir dos 60 anos --menos da metade do salário mínimo (R$ 998), que seria pago integralmente só a partir dos 70 anos.

Maia diz que Câmara deve retirar BPC da reforma

Quase ao mesmo tempo em que Mourão falava sobre o assunto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi ao Facebook para afirmar que a Câmara deve retirar a mudança do BPC do texto da reforma da Previdência.

"Vamos focar naqueles que podem, de fato, contribuir com a reorganização do sistema previdenciário", disse.

Um documento assinado por líderes de 13 partidos que compõem a maioria da Câmara pede a retirada das mudanças no BPC e parte das alterações para a aposentadoria rural da proposta de reforma da Previdência.

(Com Reuters)