Bolsonaro: o grande problema para avançar o acordo UE-Mercosul é a França
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que a França é um entrave para o avanço do acordo entre União Europeia e Mercosul. Em live semanal transmitida pelas redes sociais, Bolsonaro também classificou o país europeu como uma "concorrente de commodities".
"O grande problema nosso para avançar no acordo da União Europeia com o Mercosul é justamente a França", disse Bolsonaro. "Estamos fazendo o possível, mas a França, em defesa própria, nos atrapalha no tocante".
Em setembro, o governo da França se declarou contrário ao acordo comercial. O país alega que falta mecanismos para garantir que os compromissos assumidos contra o desmatamento sejam respeitados.
O anúncio foi feito no dia em que um estudo encomendado pelo governo francês é publicado e conclui que o desmatamento poderia aumentar por conta das maiores exportações do Brasil.
A declaração foi considerado um revés para a diplomacia brasileira, que julga que aspectos econômicos e protecionistas sejam os reais motivos da recusa por parte dos franceses.
Nas redes sociais, o primeiro-ministro da França, Jean Castex, fez a declaração. "O desmatamento coloca em risco a biodiversidade e o clima", disse. O informe, segundo ele, "conforta a posição da França de se opôr ao protejo de acordo UE-Mercosul, como está".
Tratado levou 20 anos para ser costurado
O acordo comercial prevê uma abertura das economias, num processo que levou 20 anos para ser negociado. O projeto também estipula uma queda mútua de tarifas de importação.
A expectativa era de que um acordo entre União Europeia e Mercosul fosse firmado ainda neste ano, mas o grupo europeu é pressionado por entidades de direitos humanos e ambientalistas a não assinar o acordo.
As entidades chegaram a entrar com uma queixa formal diante da Comissão Europeia para suspender o tratado. O principal motivo é a política ambiental e de direitos humanos do governo Bolsonaro.
Agora, o tratado entre União Europeia e Mercosul, fechado no ano passado, aguarda ratificação dos 27 países europeus.
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