Tabata, Kim, deputados do PT e PSOL: os 17 que votaram contra desoneração
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (30) o texto do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia até 2027. Foram 430 votos favoráveis ao texto e 17 contrários.
Quem votou contra:
Apenas a federação Psol-Rede orientou o voto contrário. Ao todo, 12 parlamentares do partido votaram contra.
A maioria dos deputados do PT (Partido dos Trabalhadores) votou a favor da desoneração. Apenas três deputados votaram contra. São eles: Camila Jara (PT-MS), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Merlong Solano (PT-PI).
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), falou que apoiaria a proposta e reafirmou isso no plenário. No Senado, em junho, quando o projeto de lei foi aprovado, o governo Lula não agiu para impedir.
Veja a lista dos que votaram contra o projeto de lei:
Célia Xakriabá (Psol-MG)
Camila Jara (PT-MS)
Merlong Solano (PT-PI)
Chico Alencar (Psol-RJ)
Glauber Braga (Psol-RJ)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ)
Talíria Petrone (Psol-RJ)
Tarcísio Motta (Psol-RJ)
Fernanda Melchionna (Psol-RS)
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Entenda
Caiu na Câmara o trecho incluído no Senado que beneficiava somente os municípios com até 142 mil habitantes — ele previa a redução de 20% para 8% na contribuição previdenciária dessas cidades menores. Segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), as prefeituras têm enfrentando dificuldades para fechar as contas. Nos cálculos da entidade, 51% das prefeituras fecharam o primeiro semestre com mais despesas do que receitas.
Ficou estabelecida a desoneração escalonada para todos os municípios, utilizando como base de cálculo o PIB de cada cidade. Para atender os prefeitos, a relatora da proposta, Any Ortiz (Cidadania-RS), aceitou essa emenda de Elmar Nascimento (União Brasil-BA). A sugestão foi inspirada no projeto do senador Jaques Wagner (PT-BA), que tramita no Senado desde 2021.
A mudança sugerida por Nascimento estabelece alíquotas de 8% a 18% — quanto menor o PIB per capita, menor será a alíquota. No levantamento da CNM, o benefício para todos os municípios, considerando o Produto Interno Bruto, terá um impacto anual de R$ 7,2 bilhões.
Agora, a medida volta ao Senado para ser analisada novamente.
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