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Após reunião com Haddad, Lira e Pacheco dizem que meta zero segue na mira

Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disseram que a meta de déficit fiscal zero seguirá para o próximo ano.

O que aconteceu

Lira afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ratificou o objetivo em reunião. Ele ainda afirmou que entende a declaração do presidente Lula — que apontou no mês passado que será difícil zerar o déficit em 2024 — como "natural", mas que o Congresso não deve mudar as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal.

Pacheco elogiou Haddad, que, segundo ele, faz um "bom trabalho" à frente da equipe econômica. O presidente do Senado afirmou, ainda, que é preciso "muita cautela com os pronunciamentos de todos nós sobre economia" para evitar reações negativas do mercado financeiro.

Meta deve ser continuamente perseguida e buscada. Se lá na frente ela não for alcançada, é uma outra coisa. Mas não podemos deixar de ter a tônica do encaminhamento do combate ao déficit público
Rodrigo Pacheco, em evento promovido pelo BTG Pactual

O presidente do Senado evitou comentar sobre o mérito da medida provisória da subvenção do ICMS, apoiada pelo ministro, mas argumentou que o Congresso apoie a agenda da equipe econômica.

"O que estabeleço como tese é que, em matéria econômica, no momento em que temos grandes desafios para resolver a economia do Brasil e buscar uma arrecadação que seja sustentável, precisamos e devemos confiar na equipe econômica, que deve fazer esse direcionamento. Obviamente, sem deixar de exercer nosso papel de aprimorar e de buscar dar sugestões aos textos, mas a minha tendência é de sempre corroborar aquilo que a equipe econômica estabelece como diretriz para o Brasil nessa área", defendeu.

Haddad irá à reunião de líderes da Câmara

O presidente da Câmara também garantiu que Haddad comparecerá à reunião de líderes da Casa desta semana para discutir a medida provisória 1185, que regulamenta a isenção tributária para créditos fiscais vindos de subvenção para investimentos.

Lira afirmou que o ministro terá a oportunidade de defender seu ponto de vista, mas também ouvir as opiniões dos líderes sobre a MP, devido às "muitas resistências" que existem ao tema.

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* Com Reuters e Estadão Conteúdo

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