Ações asiáticas pausam com dúvidas sobre estímulo dos EUA após dados

Por Chikako Mogi

TÓQUIO, 29 Mai (Reuters) - As ações asiáticas caíram nesta quarta-feira, à medida que fortes dados econômicos levaram os mercados acionários norte-americanos para máximas recordes, colocando o foco do mercado de volta à possibilidade de o banco central dos Estados Unidos reduzir seu estímulo monetário no futuro.

Às 7h36 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 0,6%, para 466,04 pontos, caminhando para o menor nível em cinco semanas atingido na sexta-feira de 464,99 pontos.

Mas as perdas foram limitadas, com o sentimento sustentado pela alta do índice Dow Jones para outra máxima recorde na terça-feira, depois que dados mostraram que os preços de moradias nos Estados Unidos tiveram o maior ganho em quase sete anos em março, enquanto a confiança do consumidor registrou o maior nível em mais de cinco anos.

O rali nos mercados acionários durante a noite foi guiado por apostas de que alguns fundos deixarão mercados emergentes para voltar para seus países natais, e com investidores escolhendo focar nas implicações relativas ao crescimento dos fortes dados dos Estados Unidos, ignorando que isso pode somar-se às especulações de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, irá diminuir seu programa de compra de títulos, afirmou a estrategista sênior do Credit Agricole CIB Frances Cheung.

"Portanto, de volta à Ásia, os investidores podem estar mais preocupados com as expectativas de redução (de estímulo) do Fed, porque os mercados asiáticos têm se beneficiado muito do dinheiro fácil dos Estados Unidos", disse ela.

O índice japonês Nikkei avançou 0,10 por cento, em uma sessão volátil, perdendo quase todos os ganhos que registrou no início do dia.

O índice de Seul subiu 0,75%, o mercado recuou 1,61% em Hong Kong e a Bolsa de Taiwan avançou 0,91%. O índice referencial de Xangai teve leve alta de 0,12%, enquanto Cingapura retrocedeu 1,13%. Sydney fechou com ligeira alta de 0,08%.

(Reportagem adicional de Thuy Ong em Sydney, Sophie Knight em Tóquio e Ramya Venugopal em Chennai)