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Semestre com baixas vendas faz Lopes oferecer imóvel com descontos de até 34%

31/07/2014 10h06

RIO DE JANEIRO, 31 Jul (Reuters) - A Lopes (LPSB3), maior imobiliária do país, fará uma campanha de vendas em agosto em São Paulo, com a oferta de 72 empreendimentos com descontos de preço de até 34%. A estratégia ocorre após queda de cerca de 41% nas vendas de moradias na cidade pelo setor no início do ano.

A companhia vai vender imóveis residenciais e comerciais de 16 incorporadores parceiros, incluindo Even (EVEN3), Rossi (RSID3) e Tecnisa (TCSA3).

As unidades à venda na região metropolitana de São Paulo terão preços a partir de R$ 300 mil, mas a maior parte dos empreendimentos está em torno de R$ 700 mil, sem considerar os descontos, de acordo com a diretora de marketing da Lopes, Adriana Sanches.

"Tivemos um primeiro semestre que foi atípico, o comprador estava voltado para outras questões como a Copa, tivemos um Carnaval que foi tarde. O objetivo é despertá-lo para a decisão de compra", afirmou.

Segundo a Lopes, com a valorização dos preços nos últimos meses, muitos potenciais compradores achavam que haviam perdido a chance de comprar um imóvel a preços mais acessíveis. Em eventos anteriores, de menor porte, os descontos chegaram a ser de 10%, como foi em 2012, informou a companhia.

Nos primeiros cinco meses do ano, a capital paulista registrou vendas de 7.982 imóveis residenciais, volume 41,4% inferior ao do mesmo período de 2013, segundo os dados mais recentes do Secovi-SP, sindicato de habitação da cidade. Os lançamentos caíram 14%, a 8.947 unidades.

Antes da crise do setor imobiliário em 2008, o percentual de estoques em relação aos lançamentos de todo o mercado residencial da região metropolitana de São Paulo era de 23% ante 20% atualmente.

Quando os preços se recuperaram da crise e começaram a subir, este percentual baixou para 10% entre 2010 e 2012, disse o superintendente de inteligência de mercado da Lopes, Augusto Pereira.

"Isso faz com que os preços acompanhem a inflação e mais pessoas se sintam mais confortáveis para tomar a decisão de comprar. O mercado fica um pouco mais equilibrado", disse, acrescentando que o patamar atual de preços é considerado saudável.