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Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos

Registro das principais ruas e avenidas da cidade de São Paulo um ano apos o inicio da quarentena no estado, em 24 de março de 2020. José Montini coloca faixa de "Aluga-se" em imovél na Praca da República, na região central - Rivaldo Gomes/Folhapress
Registro das principais ruas e avenidas da cidade de São Paulo um ano apos o inicio da quarentena no estado, em 24 de março de 2020. José Montini coloca faixa de "Aluga-se" em imovél na Praca da República, na região central Imagem: Rivaldo Gomes/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

17/01/2023 00h01Atualizada em 23/01/2023 14h45

O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 quase três vezes acima da inflação do ano passado (5,79%), de acordo com o índice FipeZap+.

Quanto o aluguel subiu?

  • O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo índice desde 2011 (17,30%).
  • Todos os municípios pesquisados ficaram com o aluguel mais caro em 2022. Nas 11 capitais monitoradas, a alta superou a inflação oficial do país, medida pelo IPCA.
  • Em dezembro do ano passado, o preço médio da locação foi de R$ 36,65 o metro quadrado.

Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e incluem os preços de aluguel de imóveis residenciais (apenas apartamentos) em 25 cidades brasileiras com base em anúncios na internet.

O que explica o aumento e o que esperar para 2023

Segundo o economista do DataZap+ Pedro Tenório, entre os fatores que explicam a escalada de preços, estão:

  • o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada das atividades na pandemia de covid-19, e repasse da inflação para o aluguel
  • a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Goiânia (GO), que vivem um momento de valorização imobiliária

Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja freado, uma vez que a inflação deve ser mais contida.

Além disso, tanto o PIB quanto o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos preços e um crescimento do mercado em menor ritmo, seguindo a linha da inflação
Pedro Tenório, economista do DataZap+

Maiores altas nos aluguéis entre as capitais

  1. Goiânia (GO): 32,93%
  2. Florianópolis (SC): 30,56%
  3. Curitiba (PR): 24,47%
  4. Fortaleza (CE): 21,33%
  5. Belo Horizonte (MG): 20,01%
  6. Rio de Janeiro: 17,93%
  7. Recife (PE): 17,07%
  8. Salvador (BA): 16,56%
  9. São Paulo: 14,63%
  10. Porto Alegre (RS): 11,14%

Maiores altas fora das capitais

  1. São José (SC): 42,41%
  2. Barueri (SP): 23,27%
  3. São José dos Campos (SP): 20,9%
  4. Campinas (SP): 19,68%
  5. Niterói (RJ): 18,44%
  6. Ribeirão Preto (SP): 17,83%
  7. São José do Rio Preto (SP): 16,27%
  8. Praia Grande (SP): 16,12%
  9. Santo André (SP): 12,43%
  10. Santos (SP): 12%

Cidades com preço médio de aluguel por m² mais caro (em R$)

  1. Barueri (SP): 50,56
  2. São Paulo: 45,50
  3. Recife (PE): 41,68
  4. Santos (SP): 38,96
  5. Florianópolis (SC): 38,81
  6. Rio de Janeiro: 37,78
  7. Brasília (DF): 37,11
  8. São José (SC): 34,72
  9. São José dos Campos (SP): 32,68
  10. Praia Grande (SP): 32,27