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HRT emitirá R$90 mi em debêntures para desenvolver campo de Polvo

24/10/2014 19h49

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A HRT aprovou emissão de debêntures de 90 milhões de reais, com os recursos destinados a investimentos no campo de Polvo, na Bacia de Campos, único ativo em produção da petroleira, e possíveis aquisições.

O Conselho da companhia aprovou a emissão privada em reunião nesta sexta-feira, que terá vencimento em cinco anos e remuneração de 90 por cento dos DI ao ano, conforme ata de reunião publicada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira.

Os recursos também serão empenhados na compra de novos ativos, inclusive da fatia de 40 por cento da dinamarquesa Maersk, no campo de Polvo, ainda sujeita à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Com uma estrutura mais enxuta, desde que iniciou um processo de reestruturação, a HRT agora busca crescer, disse à Reuters na semana passada o diretor financeiro da petroleira, Ricardo Bottas.

Com ativos interessantes em vista ou no portfólio, faz sentido buscar alavancagem, uma vez que melhora o custo de capital da companhia, acrescentou.

A empresa busca a aquisição de ativos já em produção na bacia de Campos, onde possa ter sinergia com Polvo. Ele disse que a HRT planeja investir 75 milhões de dólares em até nove meses no campo de Polvo.

Na ocasião, Bottas afirmou que os recursos seriam obtidos no mercado, usando o óleo de Polvo como garantia.

O montante inclui gastos com manutenção da sonda de perfuração da petroleira, acoplada na plataforma de Polvo, e na perfuração de dois novos poços.

A manutenção da sonda deve custar cerca de 7 milhões de dólares e cada um dos poços estão avaliados em aproximadamente 30 milhões de dólares, de acordo com Bottas.

O tempo de perfuração de cada um dos poços até o início da produção deve levar, no máximo, 90 dias, disse o executivo. Já a sonda, que não fazia novas perfurações desde 2010, levará de três a seis meses para ser reformada.

Todavia, a empresa aguarda a aprovação da venda à Maersk, que foi indeferida em uma primeira análise da ANP, para poder iniciar novas perfurações no campo. Isso porque a Maersk não tem interesse em continuar investindo no ativo.

A HRT não respondeu à Reuters se vai recorrer da decisão da autarquia.

(Por Marta Nogueira, reportagem adicional de Juliana Schincariol)