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Resultados de multinacionais dos EUA são afetados por dólar forte

27/01/2015 15h58

Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK (Reuters) - À medida que avança da temporada de divulgação de resultados nos Estados Unidos, grandes empresas multinacionais têm divulgado números e previsões decepcionantes com uma causa comum para culpar: o dólar mais forte.

O impacto cruzou setores, do industrial ao de tecnologia, afetando companhias que geram grande parte de suas receitas fora dos Estados Unidos.

Depois de atingir a mínima de 6 meses e meio em maio, o dólar subiu cerca de 20 por cento contra uma cesta das principais moedas, colocando as companhias que obtêm uma grande fatia de suas vendas no exterior em risco, enquanto seus produtos tornam-se mais caros para consumidores em outras moedas.

A Microsoft, que obtém cerca de 75 por cento de sua receita no exterior, também sucumbiu à pressão do dólar mais forte, apesar de a gigante de tecnologia não ter especificado o impacto. Suas ações caíram 10,4 por cento para 42,11 dólares, o maior recuo desde julho de 2013.

A United Technologies, que tem cerca de 62 por cento de suas vendas fora dos EUA, cortou sua previsão para o ano de 2015 devido ao impacto negativo do dólar forte, levando à queda de mais de 1,5 por cento das ações, a 117 dólares, nesta terça-feira.

"Este é um choque em câmera lenta", disse Kim Forrest, um analista sênior na Fort Pitt Capital Group em Pittsburgh.

Entre as empresas importantes que citaram problemas com o câmbio até agora na temporada de resultados estão Johnson & Johnson, Pfizer e IBM.