Barbosa diz que não há espaço para atender proposta de reajuste salarial de servidores
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, rejeitou nesta sexta-feira a proposta de reajuste salarial do funcionalismo público em 2016 de 27,3%, após reunião de negociação com representantes de centrais sindicais e dos servidores públicos.
"Não há espaço fiscal para atender essa demanda de imediato", disse o ministro, que se reuniu com representantes de 41 entidades e oito centrais sindicais para dar início à negociação, que abrange 1,4 milhão de funcionários públicos federais ativos e inativos, no maior e mais complexo acordo salarial do país.
Os servidores reivindicam reajuste de 27,3% baseado na reposição de perdas da inflação entre agosto de 2010 e julho de 2016, considerando projeções de inflação para este e o próximo ano.
Ao rejeitar a proposta, Barbosa disse que o objetivo é estabelecer um percentual de aumento que garanta redução da despesa com pessoal em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), que em 2014 foi de 4,3%.
Barbosa disse que a meta do governo é estabelecer um acordo para os próximos três ou quatro anos para dar previsibilidade às contas públicas. A política de reajuste até 2015 foi fechada em anos anteriores.
O governo federal está coloca em prática um duro ajuste fiscal, que engloba corte de gastos, aumento de impostos, revisão de desonerações e subsídios e fim de repasses do Tesouro para bancos públicos, com o objetivo de fazer o setor público voltar a ter superávit primário.
A negociação do Planejamento com os servidores continuará até agosto, com o ministro indicando ser preciso tempo para saber como as receitas irão se comportar.
O integrante do Fórum Nacional dos Servidores Rudney Marques disse que os servidores propuseram ao governo um reajuste escalonado para "não sangrar os cofres públicos".
De acordo com ele, o aumento de 27,3% resultaria em um impacto de R$ 40 bilhões nos cofres públicos.
(Por Luciana Otoni)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.