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Receita maior na unidade de títulos faz lucro da Cetip crescer 18% no 2º tri

06/08/2015 20h47Atualizada em 07/08/2015 09h04

SÃO PAULO (Reuters) - O avanço da receita na unidade de títulos e valores mobiliários, devido ao maior volume de custódia e à maior demanda por derivativos motivou alta de 18,3% do lucro da Cetip no segundo trimestre.

A maior central depositária de títulos privados da América Latina reportou lucro líquido de R$ 118,7 milhões no período. Na comparação sequencial, houve queda de 1,7%.

O número veio em linha com a previsão média de analistas consultados pela Reuters, de lucro de R$ 119 milhões no período.

O resultado da companhia medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), foi de R$ 186,1 milhões, alta de 10,3% ano a ano. Já a margem Ebitda, pelo conceito ajustado, caiu 4,3 pontos percentuais, para 66,6%.

A receita líquida avançou 17,2%, a R$ 286,8 milhões. O destaque foi a área de títulos e valores mobiliários, com avanço anual de 20,3%, pontuada pelo maior volume de transações de CDBs, mais ativos em custódia e o aumento da demanda por derivativos, especialmente os ligados a câmbio, refletindo a volatilidade recente do mercado de capitais.

Segundo o diretor Financeiro, Corporativo e de Relações com Investidores da Cetip, Willy Jordan, a tendência é que esse cenário se reproduza no segundo semestre.

"Se houver estabilização da economia e um quadro favorável para emissão de instrumentos como debêntures de infraestrutura, poderemos ter uma receita adicional", disse à Reuters.

Na véspera, a Vale informou que vai emitir pelo menos R$ 1 bilhão em debêntures de infraestrutura para financiar a expansão da estrada de ferro Carajás.

"Com aversão a risco no mercado internacional, grandes emissores brasileiros podem preferir o mercado doméstico, o que seria bom pra gente", afirmou Jordan.

Já a unidade de financiamentos teve expansão menor, de 10,8%, refletindo o mau momento do mercado de automóveis, inclusive os financiados, em retração ante 2014.

As despesas operacionais avançaram 26,9%, para R$ 122,3 milhões, refletindo maiores custos com a unidade de financiamentos, dado o novo modelo de contratos em São Paulo, que mudou a forma de cálculo das receitas e custos com o serviço de gravames de financiamento de veículos. A empresa também teve gastos administrativos pontuais, devido a eventos.

(Por Aluísio Alves e Guillermo Parra-Bernal)