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Bancos suíços intensificam batalha por milionários asiáticos

Joshua Franklin e Lawrence White

10/08/2015 10h47

ZURIQUE/HONG KONG (Reuters) - O banner gigante do UBS no arranha-céu de Hong Kong One Peking Road, tão grande que gerou reclamações por fazer sombras em painéis solares, é o testemunho do impulso renovado dos bancos suíços para ganhar negócios no florescente ranking de milionários asiáticos.

Os gestores de fortunas da Suíça vêm há muito cortejando os asiáticos super ricos em meio à desaceleração do crescimento em seus mercados locais e a repressão internacional às suas regras de sigilo bancário que tornaram o país um local menos atrativo para guardar dinheiro.

Mas a competição recentemente sofreu um deslocamento, com o novo chefe do Credit Suisse sinalizando seu desejo de embarcar em um caminho semelhante ao de seu rival UBS, que em 2011 optou por encolher seu banco de investimentos e focar no negócio mais estável de gestão de riquezas, especialmente na Ásia.

"Todos querem estar na Ásia", disse Andreas Brun, analista do Zuercher Kantonalbank. "Não é uma coisa repentina, mas eles começaram a falar disso como estratégia principal de repente."

As atrações são óbvias, com a recente desaceleração ainda deixando muitas economias asiáticas superando largamente suas contrapartes ocidentais. O Boston Consulting Group prevê que as riquezas privadas da Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, irão crescer a uma taxa de 9,7% ao ano até 2019, mais que o dobro da taxa da Europa Ocidental.

De acordo com o último relatório de riqueza da Ásia-Pacífico publicado em outubro por Capgemini e pela RBC Wealth Management, a população regional de indivíduos de alta renda -- definidos como aqueles com ativos investidos de US$ 1 milhão ou mais, excluindo residência primária, bens colecionáveis, bens de consumo e bens de consumo duráveis -- cresceu 17% para 4,3 milhões em 2013, enquanto suas fortunas cresceram 18% a US$ 14,2 trilhões.