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Governo define que fatia da Eletrobras na Celg D será vendida por no mínimo R$1,4 bi

19/11/2015 08h22

SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho Nacional de Desestatização aprovou as condições da desestatização da distribuidora de energia Celg, que atende o Estado de Goiás, definindo que o valor mínimo de venda das ações da distribuidora detidas pela estatal Eletrobras será de 1,427 bilhão de reais, incluído o valor referente à oferta aos empregados e aposentados.

O processo de desestatização se dará pela venda de 76.761.267 ações ordinárias da Eletrobras, que representam cerca de 50,93 por cento do capital total da empresa.

Uma fonte afirmou à Reuters no final de outubro que a Eletrobras esperava arrecadar até 5 bilhões de reais no negócio. A intenção de vender a distribuidora tem chamado atenção do mercado, mas os primeiros valores especulados para a operação foram considerados elevados por Equatorial Energia e CPFL, duas das maiores interessadas.

De acordo com resolução do Conselho Nacional de Desestatização publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, no âmbito do processo de venda, também poderão ser vendidos total ou parcialmente os papéis da Celg em posse da CelgPar, em conjunto com a venda das ações detidas pela Eletrobras.

A CelgPar, cujo controle é detido pelo Estado de Goiás, tem 49 por cento das ações da Celg. Os lotes de ações que serão ofertados serão definidos pelo edital de desestatização da Celg. "No caso de oferta de mais de um lote de ações a aquisição deverá ser efetuada em sua totalidade pelo(s) mesmo(s) comprador(es)", fixa a resolução do Conselho.

Caso sejam vendidas as ações da Celg de titularidade apenas da Eletrobras, o preço mínimo de cada ação em leilão será de 18,63 reais. Nessa hipóstese, deverão ser ofertadas 75.355.789 ações de posse da Eletrobras. Os outros 1.405.478 papéis serão ofertados aos empregados e aposentados da Celg, ao preço de 16,77 reais por ação.

Caso a CelgPar decida vender todas as suas ações na Celg em conjunto com a Eletrobras, o preço mínimo de cada ação da distribuidora detida por Eletrobras e Celgpar será de 18,69 reais, totalizando lote no valor de 2,67 bilhões de reais.

Audiência pública será realizada a respeito do processo de desestatização, segundo a resolução do Conselho, enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverão dar aval à operação.

(Por Priscila Jordão)