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Oi tem prejuízo líquido de R$ 656 mi no 2º trimestre

11/08/2016 09h58

SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de telecomunicações Oi, em recuperação judicial, encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de 656 milhões de reais, revertendo lucro consolidado de 671 milhões obtido um ano antes.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou 1,435 bilhão de reais, queda anual de 24,4 por cento.

A dívida líquida ficou em 41,4 bilhões de reais, contra 40,8 bilhões de reais ao fim de março deste ano. O investimento no país totalizou 1,215 bilhão de reais no trimestre, 16,7 por cento maior que um ano antes.

A Oi teve receita líquida total de 6,524 bilhões de reais no segundo trimestre, queda de cerca de 4 por cento sobre o mesmo período do ano passado e de 3 por cento na comparação com os três primeiros meses de 2016.

A empresa, que pediu recuperação judicial em junho, registrou queda anual de 4,6 por cento na receita líquida de serviços voltados ao segmento corporativo no Brasil entre abril e junho, ante recuos na mesma base de comparação de 3,7 por cento no segmento de mobilidade pessoal e de 2 por cento em serviços residenciais.

Sobre o primeiro trimestre, o recuo na receita corporativa foi de 7,6 por cento, a 1,9 bilhão de reais. Segundo a Oi, a queda foi impactada "principalmente pelo menor tráfego de voz, como consequência da deterioração do cenário macroeconômico, e pela redução das tarifas fixo-móvel e de interconexão (VU-M), assim como pela política de não subsídio de aparelhos para mobilidade".

Os custos e despesas operacionais da Oi no Brasil subiram 2,9 por cento contra o segundo trimestre do ano passado, a 4,9 bilhões de reais. Nesta linha, o item de provisão para inadimplentes recuou 8,4 por cento, a 164 milhões de reais.

A empresa, que no segundo trimestre do ano passado tinha apresentado resultado financeiro negativo, teve uma reversão do quadro nos três meses encerrados em junho deste ano, com um resultado financeiro positivo de 622 milhões de reais, apoiado pelas desvalorizações do dólar e do euro no período.

(Por Alberto Alerigi Jr.)