Pesquisa: Políticas protecionistas de Trump são maior risco à economia dos EUA em 2017
SÃO PAULO, 18 Jan (Reuters) - As promessas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, são o principal risco ao crescimento, de acordo com pesquisa da agência Reuters, que mostra que os economistas não compartilham da exuberância mostrada no mercado desde a eleição em novembro.
Durante a maior parte de sua campanha, e após a vitória, Trump prometeu fazer mudanças nas políticas comercial e de imigração dos EUA, ameaçou adotar pesadas tarifas sobre as importações chinesas e propôs fortes cortes tributários.
Mais de dois terços dos 70 entrevistados que responderam a essa pergunta na pesquisa da Reuters disseram que as políticas protecionistas de Trump são a maior ameaça para a maior economia do mundo este ano.
Mais de 80% dos que responderam a uma pergunta separada disseram "não" quando questionados se agora é o momento certo para cortes tributários agressivos, com a economia perto do pleno emprego.
A pesquisa projeta ainda que o crescimento desacelerou para 2,2% nos últimos três meses de 2016, de 3,5% no terceiro trimestre. Em 2017, a expectativa é de expansão entre uma taxa anual de 2,1% e 2,5% a cada trimestre. A projeção para o ano é de 2,3%.
As pressões inflacionárias devem vir de uma rodada de tarifas de retaliação se a agenda protecionista de Trump se tornar realidade.
Mesmo com a expectativa de que os salários cresçam em média 3% este ano, contra 2,8% na pesquisa de dezembro, a medida preferida de inflação do Fed, o núcleo do índice PCE de preços, deve ficar em média em 1,8% em 2017 e 2,0 por cento em 2018, inalterado sobre a pesquisa anterior.
A pesquisa com mais de 100 economistas, incluindo 17 grandes bancos, mostra que os juros devem permanecer em 0,50% a 0,75% até o segundo trimestre de 2017, quando uma alta de 0,25 ponto percentual é provável.
Um novo aumento é esperado nos três últimos meses do ano, levando a taxa de juros a 1%-1,25%.
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