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SEC lança ofensiva contra notícias falsas de empresas na internet

Stan Honda/AFP
Imagem: Stan Honda/AFP

Jonathan Stempel

10/04/2017 18h00

10 Abr (Reuters) - O regulador do mercado de capitais dos EUA (SEC) anunciou nesta segunda-feira (10) uma repressão a supostos esquemas de promoção de ações em que redatores são pagos secretamente para publicar centenas de artigos positivos sobre empresas listadas em sites financeiros.

Vinte e sete pessoas e entidades, incluindo uma atriz de Hollywood, foram acusadas de induzir os investidores a acreditar que estavam lendo "análises independentes e imparciais" em sites como Seeking Alpha, Benzinga e Wall Street Cheat Sheet.

A SEC disse que encontrou mais de 450 artigos com problemas, dos quais mais de 250 falsamente diziam que os redatores não estavam sendo pagos.

"Isso é diferente dos casos de fraude que vemos geralmente", disse Stephanie Avakian, diretora interina da divisão de execução da SEC, em teleconferência. "Aqui, alegamos que a fraude foi em apresentar a análise como imparcial", disse ela.

Dezessete acusados, incluindo ImmunoCellular Therapeutics, Galena e a Lion Biotechnologies, aceitaram pagar mais de US$ 4,8 milhões, incluindo multas, para por fim à investigação, com a promessa de parar com as práticas.

Outros dez réus enfrentam processos da SEC no tribunal federal de Manhattan.

A SEC também incluiu a Lidingo, dirigida por Kamilla Bjorlin, 46, uma atriz de Encino, Califórnia, que trabalha com o pseudônimos Milla Bjorn; e CSIR Group LLC, empresa de Nova York supervisionada por Christine Petraglia, 49.

A SEC também emitiu um aviso aos investidores alertando que os artigos sobre sites de pesquisa de investimentos podem não ser objetivos e independentes e que eles nunca devem investir com base apenas em informações publicadas lá.

Mike Taylor, editor-chefe do Seeking Alpha, disse que suas políticas "atuam como um forte impedimento contra potenciais promoções", incluindo a documentação de "todas as alegações dos autores de não terem sido compensadas por terceiros".

Benzinga disse em um e-mail que usa um "disclaimer" para identificar artigos de colaboradores externos, e que isso "não representa a opinião de Benzinga e não foi editado."