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Prejuízo da ThyssenKrupp sobe 64 vezes no primeiro trimestre fiscal

14/02/2014 10h11

O conglomerado alemão ThyssenKrupp viu seu prejuízo líquido aumentar no primeiro trimestre do ano fiscal de 2013/14, encerrado em dezembro, para 64 milhões de euros. No mesmo período do ano anterior, as perdas haviam somado 1 milhão de euros.

O balanço se deteriorou em um ano principalmente por conta do avanço nas despesas com vendas e do resultado financeiro adverso. Além disso, a receita líquida da companhia caiu 0,9% em mesmas bases e fechou em 9,1 bilhões de euros. As encomendas recuaram 5%, para 10,7 bilhões de euros no total.

A divisão siderúrgica da empresa piorou na Europa, com queda de 8% no faturamento, para 2 bilhões de euros. Por outro lado, a Steel Americas, que inclui a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), localizada no Rio de Janeiro, e ainda contabiliza a usina de Calvert, no Estado americano do Alabama, viu sua receita crescer 10,2% para 538 milhões de euros.

Dentre os outros negócios em que a Thyssen atua, apenas o de distribuição de materias e serviços e o de componentes demonstraram menor faturamento.

Entre outubro e dezembro, o conglomerado industrial apresentou queda de 2,5% nos custos de produtos vendidos, para 7,67 bilhões de euros ? em ritmo mais rápido do que a baixa na receita. No entanto, os gastos com vendas subiram 0,9% e as despesas gerais e administrativas avançaram 6%, para 684 milhões de euros e 548 milhões de euros, respectivamente.

Além disso, pesou sobre o lucro líquido o fato de o resultado financeiro da companhia ter piorado s ignificativamente. Houve alta de 170% nas despesas líquidas, para 384 milhões de euros.

Américas

A Steel Americas, divisão da ThyssenKrupp que reúne a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) e a usina de Calvert, no Estado americano do Alabama, alcançou lucro operacional de 1 milhão de euros no primeiro trimestre do ano fiscal de 2013/14, terminado em dezembro. Um ano antes, o resultado havia ficado negativo em 122 milhões de euros.

Apesar de a cifra representar uma recuperação, uma reavaliação de contrato de transporte garantiu ganho contábil de 18 milhões de euros e reforçou esse valor. O resultado "ajustado", desconsiderando esses itens e outros efeitos não recorrentes, foi um prejuízo de 17 milhões de euros, contra perda de 122 milhões de euros um ano antes.

Após um longo período tentando vender a área de produção de aço nas Américas, a Thyssen decidiu alienar a unidade americana para um consórcio formado por ArcelorMittal e Nippon Steel & Sumitomo, mas manter a CSA. Os compradores têm obrigação de adquirir 2 milhões de toneladas de placas por ano da usina brasileira.

Com a reintegração da CSA no balanço do grupo, a meta de 2 bilhões de euros em lucro operacional resultante de medidas de eficiência foi elevada para 2,3 bilhões de euros. Segundo a alemã, a performance já em alta no trimestre fiscal foi causada por aumento da utilização de capacidade e uma otimização dos custos operacionais.

De acordo com a Thyssen, a carteira de encomendas da CSA já garante ao menos vendas para todo o ano fiscal, que terminará em setembro.

Frankfurt

As ações do grupo alemão ThyssenKrupp sobem 3,9% no pregão desta sexta-feira da bolsa de Frankfurt, com os investidores repercutindo positivamente o balanço da companhia. Os papéis eram cotados há pouco em 20,47 euros, maior patamar para os ativos desde maio de 2008.

Os resultados do primeiro trimestre fiscal da companhia superaram as projeções do mercado. Apesar de o prejuízo líquido ter ficado em 64 milhões de euros, acima das perdas estimadas em 34 milhões de euros ? segundo média de projeções de J.P. Morgan, Jefferies, Kepler Cheuvreux, UBS e Independent Research ?, o lucro operacional de 398 milhões de euros bateu a expectativa de 193 milhões de euros, por muito.