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PSDB lança pré-candidatura de Aécio à Presidência

22/04/2014 15h50

A Executiva Nacional do PSDB aprovou, nesta terça-feira, 22, um manifesto no qual os 27 diretórios estaduais do partido lançam a pré-candidatura do presidente do partido, o senador Aécio Neves (MG), à Presidência da República, apesar da indefinição com relação ao nome do candidato a vice na chapa. A oficialização da candidatura será na convenção nacional, que ficou marcada para 14 de junho, em São Paulo.

O documento foi lido pelo deputado Bruno Araújo (PE), um dos vice-presidentes do partido, em reunião da Executiva nacional com representantes de todos os diretórios, na qual o ex-senador e ex-governador Tasso Jereissati manifestou disposição de disputar o Senado, garantindo palanque à campanha presidencial no Ceará.

"A candidatura do senador Tasso Jereissati no Ceará me dá uma tranquilidade enorme", afirmou Aécio, após a reunião. O presidenciável afirmou que, por enquanto, os entendimentos no Ceará estão sendo mantidos com o PR do ex-deputado Roberto Pessoa, que pode ser candidato a governador. Aécio, no entanto, não descartou a possibilidade de aliança com o senador Eunício Oliveira (PMDB), que vai disputar o governo do Ceará em aliança ainda indefinida, já que o PT está dividido e o governador Cid Gomes (Pros) não anunciou sua decisão.

"Se amanhã setores que estão próximos ao governo quiserem iniciar uma conversa conosco, a iniciaremos, mas, por enquanto, a decisão que tomamos é que uma pré-condição para qualquer conversa [sobre palanques regionais] é dar apoio à candidatura presidencial do PSDB", afirmou Aécio. Após o balanço da situação nos Estados, o senador disse que nenhuma das outras candidaturas presidenciais tem a "solidez, consistência e musculatura" da sua, nos palanques estaduais.

Escolha do vice

Segundo ele, os entendimentos para definição do candidato a vice serão feitos até o início de junho. Aécio disse que há nomes muito qualificados e tem recebido dos parceiros de outros partidos uma demonstração de desprendimento.

O senador e ex-governador mineiro disse ter recebido a indicação do seu nome pela unanimidade do partido à Presidência da República "com determinação de quem se julga preparado para iniciar um novo ciclo no Brasil, de eficiência, de ética na política, de coragem para tomar as decisões que, infelizmente, não vêm sendo tomadas. Portanto, é um momento de unidade do PSDB, sacramentada por essa manifestação unânime dos meus companheiros".

Aécio afirmou que em todos os grandes colégios eleitorais os candidatos do PSDB são os mais competitivos, o que lhe dá "muita segurança". Citou Estados nos quais a presidente Dilma Rousseff teve bom resultado nas últimas eleições, como Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Bahia e Amazonas, nos quais disse acreditar em resultado favorável à sua candidatura, desta vez.

Candidatos próprios

No balanço feito na reunião, a conclusão foi a de que o partido terá candidato próprio em mais de 80% dos Estados e que a construção das alianças está mais avançada do que ele imaginava. Segundo Aécio, há indefinição em seis ou sete Estados, como no Mato Grosso do Sul, onde o partido está indefinido quanto ao impacto na eleição nacional de eventual aliança com o senador petista Delcídio Amaral, que vai disputar o governo.

"Teremos um exército do PSDB e de partidos aliados conduzindo a campanha no país." Aécio disse que, no Rio de Janeiro, o PMDB e outros partidos da base governista já estão se manifestando em direção de sua candidatura. Na sexta, 25, haverá reunião com o PSD do Estado. Ele também aguarda manifestação do Solidariedade. Disse, no entanto, que não há definição quanto ao candidato a governador e que essas conversas estão sendo conduzidas pelos parceiros do PPS e do DEM. "Eles é que decidirão sobre a candidatura ou aliança com o PMDB", afirmou.

Vice mulher?

No Rio Grande Sul, confirmou conversa adiantada com o PP da senadora Ana Amélia, mas admitiu que parcela do partido defende aliança com PDT.

Como a senadora é pré-candidata ao governo, Aécio disse que não está conversando com ela sobre a possibilidade de ser vice em sua chapa. Afirmou, ainda, que a "questão do gênero" não será fundamental para a escolha do vice. "Não farei campanha centrada nessa questão gênero. Temos de fazer propostas voltadas para a mulher. Áreas de inclusão da mulher, inserção no mercado trabalho. Se puder ser mulher, ficará até mais agradável, mas não coloco essa questão gênero."