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Mantega: Cumpriremos a meta de inflação neste e nos próximos anos

28/04/2014 13h00

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou nesta segunda-feira que "não há intenção do governo de mudar regras do IPCA", o indicador oficial de inflação do país. Em evento sobre os rumos da economia, em São Paulo, Mantega apresentou gráficos que apontavam a trajetória da inflação com e sem a influência de alimentos, mostrando que sem alimentos a inflação é mais baixa, mas destacou que "a inflação continuará cheia enquanto o instituto de pesquisa achar que deve ser assim". O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o responsável pela apuração do IPCA.

Segundo Mantega, já há uma tendência declinante na inflação, devido à menor pressão dos preços dos alimentos. "Em maio e junho a inflação ficará mais bem comportada", afirmou. "Cumpriremos a meta de inflação neste e nos próximos anos; trajetória já é descendente", disse.

O ministro ainda comentou que o câmbio foi um dos fatores de pressão inflacionária nos últimos meses. Segundo ele, esse fator aumenta em 0,5 ponto percentual ao ano a inflação no Brasil.

Mantega também garantiu o cumprimento de outra meta, a de superávit primário de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) definida para este ano. "A S&P [Standard & Poor's, agência de classificação de risco] disse que não vamos cumprir, mas eu garanto que vamos cumprir, eu sou responsável por isso", afirmou o ministro.

Em sessão de perguntas e respostas após o seminário, Mantega foi questionado sobre a decisão das agências de classificação de risco de rebaixar a nota do país.

Ele fez questão de corrigir a pergunta: "Não foram agências, foi apenas uma agência", afirmou o ministro, ressaltando que a Moody's e a Fitch mantiveram a nota do Brasil. Em março deste ano, a S&P reduziu em um degrau a nota da dívida soberana brasileira, para BBB-.

Sobre a decisão, o ministro afirmou que mesmo com o rebaixamento, o país segue como grau de investimento e ainda tem nota 4 degraus superior à avaliação que tinha em 2004. "O rebaixamento não afetou a economia e na minha avaliação foi um equívoco. A S&P disse que não vamos cumprir a meta de superávit primário, mas eu garanto que vamos cumprir", disse.