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Dilma admite alta na gasolina, mas diz não ter competência de decidir

10/08/2014 18h40

A presidente Dilma Rousseff admitiu neste domingo que poderá haver um reajuste no preço da gasolina "em algum momento no futuro". A presidente, no entanto, fez questão de dizer que "não estava dizendo que haverá aumento ou não". Dilma disse que "não tem a competência para tomar essa decisão".

A presidente lembrou que a Petrobras tem contado com aumentos sistemáticos nos preços dos combustíveis, como no ano passado e em 2012.

Em entrevista coletiva no fim da tarde, ela afirmou também que a Petrobras reverterá os recentes resultados financeiros ruins apresentados. A Petrobras informou na sexta-feira ter encerrado o segundo trimestre com lucro de R$ 4,96 bilhões, uma queda de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Do lado operacional, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) caiu 10,2%, para R$ 16,25 bilhões, novamente impactado pela defasagem de preços dos combustíveis vendidos no país em relação às cotações internacionais. A receita avançou 11,8% e chegou a R$ 82,30 bilhões. Os números vieram abaixo do esperado pelo mercado.

A presidente destacou que é preciso avaliar por que o rendimento da estatal foi afetado. Segundo ela, a Petrobras vem ampliando a produção. "Acredito que esses resultados serão revertidos."

Perguntada sobre o tiroteio político em que está envolvida a estatal, a presidente foi enfática na defesa da empresa. "É preciso preservar, porque tem sentido de Estado que é não misturar eleição com a maior empresa de petróleo do país. Isso não é correto. Não mostra maturidade. Utilizar qualquer factoide político para comprometer uma grande empresa e sua direção é muito perigoso", disse Dilma.