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Dilma nega 'tarifaço' e diz que gasolina subiu pouco acima da inflação

Dilma ao lado do governador do RS e candidato à reeleição, Tarso Genro (PT) - Divulgação/Ichiro Guerra
Dilma ao lado do governador do RS e candidato à reeleição, Tarso Genro (PT) Imagem: Divulgação/Ichiro Guerra

05/09/2014 16h06Atualizada em 05/09/2014 18h33

A presidente Dilma Rousseff (PT) rejeitou nesta sexta-feira as críticas de que o governo federal manipula a inflação. A petista negou a possibilidade de ocorrer uma 'tarifaço' na energia em 2015 e considerou absurda a ideia de que os preços administrados estão contidos. "Depende da métrica, do método e dos interesses".

Dilma, no entanto, reconheceu que a alta da gasolina ficou um pouco acima da taxa do IPCA.

"Em termos nominais, na bomba, tivemos no meu período de governo em torno de 31% de reajuste. Se descontar o IPCA, obteremos a inflação real. A gasolina se comportou um pouco acima da taxa de inflação do IPCA", afirmou a presidente em entrevista coletiva depois de participar do desfile das campeãs na 37ª Expointer, feira do agronegócio realizada em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre.

A presidente explicou os riscos de atrelar a política de preços ao mercado internacional ao ressaltar que fatores geopolíticos influenciam no preço dos combustíveis. "Se ocorrer uma rusga entre os Estados Unidos e os países do Oriente Médio, o petróleo dispara", disse a petista, acrescentando também o ambiente de instabilidade no leste europeu.

"Não é possível querer que o Brasil pegue todo o seu preço, que foi produzido aqui, com custo brasileiro e o coloque lincado a um preço internacional. Isso não quer dizer que nós não temos que buscar e criar métodos para valorizar o combustível e de reajustar ou não", afirmou.

Em uma crítica aos adversários, a petista afirmou que inviabilizar a subvenção dos bancos públicos na oferta de crédito aos produtores rurais contribui para desvalorizar o agronegócio.