Juros futuros sobem na BM&F com quadro eleitoral e mau humor externo
Os juros futuros avançaram nesta quarta-feira na BM&F em meio ao mau humor externo e à continuidade do realinhamento das taxas à expectativa de que Dilma Rousseff (PT) vença a corrida presidencial e se limite a promover ajustes mínimos na política econômica em 2015.
O avanço dos prêmios de risco foi menos intenso, contudo, do que se podia esperar tendo em vista a depreciação aguda do real e a queda expressiva da bolsa. Segundo operadores, o tombo do retorno dos títulos do Tesouro americano ? a taxa da T-note de 10 anos caiu de 2,50% para 2,50% ? e mais sinais de fraqueza da economia brasileira teriam impedido uma alta ainda maior das taxas locais.
Além disso, após a onda de zeragem de posições dos últimos dias, quando minguaram as chances de que Marina Silva (PSB) vença o pleito de outubro, teria deixado o mercado menos frágil do ponto de vista técnico. "Já houve uma onda grande de stop loss que deixou o mercado "mais limpo", mais alinhado ao quadro eleitoral. E os juros fechando no mundo inteiro ajudam a segurar os DIs", afirma o sócio de uma gestora de recursos local.
A taxa do DI para janeiro de 2021 subiu de 12,22% para 12,40%; DI janeiro/2017 avançou de 12,24% para 12,34%. A curva a termo apresenta inclinação positiva de 0,06 ponto percentual.
A pesquisa Ibope divulgada na terça (30) confirmou o quadro de favoritismo da presidente. Nas simulações para o primeiro turno, Dilma lidera com 39%, seguida por Marina (25%) e Aécio Neves (19%). Em um provável segundo turno, Dilma vence Marina, com 42% ante 38%. O desfecho que mais palatável aos investidores é um segundo turno entre as duas candidatas com vitória de Marina. Dá-se como certo que Dilma venceria Aécio, caso o candidato reaja e se credencie para a segunda rodada.
O temor de que a depreciação do real atice as pressões inflacionárias é contrabalançado pelos dados fracos de atividade. Embora os juros futuros já reflitam chances cada vez maiores de uma alta da Selic no primeiro semestre de 2015, é difícil imaginar que o ciclo de aperto monetário vá muito além de 1 ponto percentual. Isso também refreia a alta das taxas na BM&F.
O PMI industrial do Brasil calculado pelo HSBC em parceria com o instituto Markit caiu para 49,3 pontos, confirmando um quadro de retração. Em agosto, o indicador havia ficado em 50,2. Já o índice de confiança do setor de serviços, calculado pela FGV, caiu 3,2% em setembro ante agosto, no novo recuo consecutivo.
O DI para janeiro de 2016 ? que espelha, em tese, as expectativas para o rumo da taxa básica no ano que vem ? subiu de 11,95% para 12%.
O avanço dos prêmios de risco foi menos intenso, contudo, do que se podia esperar tendo em vista a depreciação aguda do real e a queda expressiva da bolsa. Segundo operadores, o tombo do retorno dos títulos do Tesouro americano ? a taxa da T-note de 10 anos caiu de 2,50% para 2,50% ? e mais sinais de fraqueza da economia brasileira teriam impedido uma alta ainda maior das taxas locais.
Além disso, após a onda de zeragem de posições dos últimos dias, quando minguaram as chances de que Marina Silva (PSB) vença o pleito de outubro, teria deixado o mercado menos frágil do ponto de vista técnico. "Já houve uma onda grande de stop loss que deixou o mercado "mais limpo", mais alinhado ao quadro eleitoral. E os juros fechando no mundo inteiro ajudam a segurar os DIs", afirma o sócio de uma gestora de recursos local.
A taxa do DI para janeiro de 2021 subiu de 12,22% para 12,40%; DI janeiro/2017 avançou de 12,24% para 12,34%. A curva a termo apresenta inclinação positiva de 0,06 ponto percentual.
A pesquisa Ibope divulgada na terça (30) confirmou o quadro de favoritismo da presidente. Nas simulações para o primeiro turno, Dilma lidera com 39%, seguida por Marina (25%) e Aécio Neves (19%). Em um provável segundo turno, Dilma vence Marina, com 42% ante 38%. O desfecho que mais palatável aos investidores é um segundo turno entre as duas candidatas com vitória de Marina. Dá-se como certo que Dilma venceria Aécio, caso o candidato reaja e se credencie para a segunda rodada.
O temor de que a depreciação do real atice as pressões inflacionárias é contrabalançado pelos dados fracos de atividade. Embora os juros futuros já reflitam chances cada vez maiores de uma alta da Selic no primeiro semestre de 2015, é difícil imaginar que o ciclo de aperto monetário vá muito além de 1 ponto percentual. Isso também refreia a alta das taxas na BM&F.
O PMI industrial do Brasil calculado pelo HSBC em parceria com o instituto Markit caiu para 49,3 pontos, confirmando um quadro de retração. Em agosto, o indicador havia ficado em 50,2. Já o índice de confiança do setor de serviços, calculado pela FGV, caiu 3,2% em setembro ante agosto, no novo recuo consecutivo.
O DI para janeiro de 2016 ? que espelha, em tese, as expectativas para o rumo da taxa básica no ano que vem ? subiu de 11,95% para 12%.
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