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"Não há agora negociação para emissão de ações", diz executivo da Gol

22/01/2015 14h19

A Gol não tem neste momento nenhuma conversa ou negociação com os atuais acionistas minoritários da empresa para emitir ações no curto prazo, disse o vice-presidente financeiro e de relações com investidores, Edmar Lopes, durante conferência com analistas em Nova York.

Segundo o executivo, o plano de alteração da estrutura de capital proposto ontem é um projeto de longo prazo. Ontem à noite, a companhia apresentou um plano aos acionistas e ao mercado para alterar sua estrutura de capital, com o objetivo de ampliar a capacidade de captar recursos.

Pela proposta, cada ação preferencial (PN) passará a conferir direito a dividendos 35 vezes superiores aos da ação ordinária. E cada ação ordinária será desdobrada em 35 unidades.

A proposta da Gol também inclui melhorias na governança corporativa, incluindo a representação dos preferencialistas no conselho de administração e o voto em separado em assembleias especiais. Também está prevista a limitação à alienação de ações detidas pelo acionista controlador e a previsão de obrigação para oferta pública de aquisição por parte de qualquer adquirente de ações representando 30% ou mais da participação econômica na companhia.

Edmar Lopes disse aos analistas que a companhia pode captar até R$ 70 bilhões com a nova estrutura. O Fundo de Investimento em Participações Volluto, da família Constantino, detém 100% das ações ON e 21,2% das PN, somando 61,22% do capital social da Gol. Tem uma fatia de 61,86% de ações negociadas no mercado.

Além desses investidores, a americana Delta Air Lines detém 2,93% do capital da Gol, a Air France -KLM outros 1,50% e o Fidelity Investments 2,5%. Pela proposta da Gol, a participação do controlador no conselho de administração vai diminuindo na medida em que a participação econômica desse controlador vai recuando.

Atualmente, o controlador tem quatro assentos no conselho, a Delta Air Lines, um assento, e os independentes, três. No limite, se a participação do controlador cair abaixo de 7,5%, ele terá direito a três assentos, enquanto os detentores de ações preferenciais terão dois assentos, havendo mais quatro cadeiras para conselheiros independentes e outra para a Delta Air Lines.