Juros futuros longos sobem na BM&F em pregão de baixa liquidez
Trabalhando em marcha lenta desde o início da semana, o mercado de juros futuros da BM&F reduziu ainda mais o ritmo de negócios nesta quarta-feira, em meio às expectativas em torno do comunicado da decisão do Federal Reserve, às 17h, e da divulgação, amanhã, da ata do Copom.
Em uma sessão de liquidez muito reduzida, as taxas intermediárias e longas subiram um degrau com ajustes técnicos por conta do leilão e troca de NTN-F (papel prefixado) e do aumento da percepção de risco. A alta do dólar, em meio à frustração com o balanço da Petrobras, e o fantasma do racionamento de água e energia ensejam um aumento de prêmios.
Mais líquido do dia, com cerca de 99 mil contratos negociados, DI janeiro/2017 subiu de 12,33% para 12,35%. Na ponta longa da curva, depois de alcançar 11,82% na máxima, DI janeiro/2021 era negociado no fim do pregão a 11,73% (ante 11,66%).
No Relatório Trimestral de Inflação divulgado em dezembro, o Banco Central afirmou "irá fazer o necessário para que no próximo ano a inflação entre em longo declínio, que levará à meta de 4,5% em 2016".
Com o IPCA rodando acima de 1% em janeiro e fevereiro e a caminho de fechar o ano perto de 7%, o Copom não teria espaço para, neste momento, abaixar a guarda, sob pena de perder a batalha da "ancoragem das expectativas". A onda deflacionária global, o dólar abaixo de R$ 2,60, a possibilidade cada vez maior de recessão neste ano e a política fiscal contracionista - tudo isso pode ficar para a decisão e ata do Copom em março, quando as expectativas de inflação para 2016 provavelmente já tenham cedido um pouco mais. No Boletim Focus desta semana, a mediana das projeções para o IPCA neste ano é de 5,60%, mais de um ponto percentual acima do centro da meta.
Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, a ata pode consolidar a expectativa de nova alta da Selic em 0,50 ponto percentual em março, caso o Copom ressalte que está "vigilante" e pronto para fazer o "necessário" pôr a inflação rumo à meta. "O comunicado da semana passada é próprio de quem está no meio de um processo de aperto, e a ata não pode ter um discurso diferente", afirma.
Segundo Rosa, é possível que o Copom, no entanto, "tempere" o discurso mais duro com alguma menção ao quadro global, à fraqueza da atividade e à política fiscal, deixando ainda uma porta aberta para redução do ritmo em março. "Até lá, o Copom já vai ter um quadro da política fiscal, do racionamento e da possibilidade de PIB negativo neste ano", afirma o economista.
Em uma sessão de liquidez muito reduzida, as taxas intermediárias e longas subiram um degrau com ajustes técnicos por conta do leilão e troca de NTN-F (papel prefixado) e do aumento da percepção de risco. A alta do dólar, em meio à frustração com o balanço da Petrobras, e o fantasma do racionamento de água e energia ensejam um aumento de prêmios.
Mais líquido do dia, com cerca de 99 mil contratos negociados, DI janeiro/2017 subiu de 12,33% para 12,35%. Na ponta longa da curva, depois de alcançar 11,82% na máxima, DI janeiro/2021 era negociado no fim do pregão a 11,73% (ante 11,66%).
No Relatório Trimestral de Inflação divulgado em dezembro, o Banco Central afirmou "irá fazer o necessário para que no próximo ano a inflação entre em longo declínio, que levará à meta de 4,5% em 2016".
Com o IPCA rodando acima de 1% em janeiro e fevereiro e a caminho de fechar o ano perto de 7%, o Copom não teria espaço para, neste momento, abaixar a guarda, sob pena de perder a batalha da "ancoragem das expectativas". A onda deflacionária global, o dólar abaixo de R$ 2,60, a possibilidade cada vez maior de recessão neste ano e a política fiscal contracionista - tudo isso pode ficar para a decisão e ata do Copom em março, quando as expectativas de inflação para 2016 provavelmente já tenham cedido um pouco mais. No Boletim Focus desta semana, a mediana das projeções para o IPCA neste ano é de 5,60%, mais de um ponto percentual acima do centro da meta.
Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, a ata pode consolidar a expectativa de nova alta da Selic em 0,50 ponto percentual em março, caso o Copom ressalte que está "vigilante" e pronto para fazer o "necessário" pôr a inflação rumo à meta. "O comunicado da semana passada é próprio de quem está no meio de um processo de aperto, e a ata não pode ter um discurso diferente", afirma.
Segundo Rosa, é possível que o Copom, no entanto, "tempere" o discurso mais duro com alguma menção ao quadro global, à fraqueza da atividade e à política fiscal, deixando ainda uma porta aberta para redução do ritmo em março. "Até lá, o Copom já vai ter um quadro da política fiscal, do racionamento e da possibilidade de PIB negativo neste ano", afirma o economista.
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